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Channel: Coisas & Cenas

A cultura do elogio | Pensar é tramado #19

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Não se se já se aperceberam (ìronia, babes, ironia), mas tenho a minha veia crítica muito desenvolvida. Ora crítica não é sinónimo de maledicência, mas também a inclui (desde que fundamentada, obviamente) - o que é algo que faço amiúde mas sem grande prazer: quem cá dera um mundo onde se possa dizer mais bem do que mal, juro. Isto de nascer com os olhos muito abertos para tudo faz-nos ver coisas maravilhosas mas, infelizmente, também muitas outras, das que pagaríamos para nunca ter visto - e não estou a falar de catástrofes naturais ou de atentados terroristas ou da maldade em estado puro, mas da tragédia que é assistir ao comodismo e à burrice, ao chico-espertismo e à falta de tomates (pardon my french que poderia ter saído bem pior), à ignorância voluntária mascarada de sapiência e a personalidades definidas com as conveniências.
Por isso, para contrabalançar o muito que critico o que é mau, vivo muito a cultura do elogio: se gosto, digo que gosto, bato palmas, faço uma festa - e não me modero nem um bocadinho, tal qual como quando digo mal. Faço-o com amigos e conhecidos, com as pessoas com quem trabalho (muito, muito), com gente que nunca vi mas que leio, em vídeos de youtube, em jornais online. Quem é bom tem o direito de o saber - e é engraçado como a sociedade fica tão desconfortável com quem diz mal mas também não abre a boca para dizer bem, a não ser no circulozinho onde se move, onde o elogio masturbatório (agora elogio-te eu a ti, para depois me pagares na mesma moeda, 'tsá? - e assim são muito amiguinhos e tal) é uma constante, mas nunca fora desse círculo, onde é tudo uma merda - só não se sabe bem porquê, como se sabe muito pouco do que quer que seja.
Os elogios não são para serem desperdiçados (tal como a maledicência); são para ser usados com rigor e seriedade - porque só assim o elogiado sabe que não se trata de uma coisa que se faz por fazer, mas de uma cena que se morreria se não se dissesse. Sou muito pelo elogio sério, não a lambe-botice descaracterizada, que vigora predominantemente e por ondas (aquela que elogia loucamente X mas depois já odeia X e vai elogiar Y porque Y é maravilhoso, até que há que passar a Z). E tenho tanta pena de quem não os sabe fazer (ou receber) como de quem não percebe que dizer mal é uma coisa que só se pode fazer com fundamento.
Mas enfim, diz que é deles o reino dos céus, não é? Que bom: tudo está bem quando acaba bem.


Urban Decay | As paletas Naked Basics (1 e 2)

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Já era bem tempo de colocar pernas ao caminho e fazer um post que poderia ter saído há meses, quando comprei a Naked Basics 2 da Urban Decay, já que a original morava comigo desde o início de 2013: foi-me enviada de Londres nessa altura e conheço-a bem. Por isso, bastava ter testado a segunda versão, lançada em Portugal algures no Verão passado, e comprada por mim no início de Dezembro para escrever este post - mas não, o menino estava em rascunho desde o princípio do ano, já com fotografias tiradas e tudo e não havia meio de me apetecer.
Aqui há tempos, quando fiz dela uma das protagonistas da semana, senti-me determinada: voltei a tirar as fotografias (não sei porquê, já não me apeteciam as de Janeiro), fiz as montagens e ficou tudo pronto - mas faltava escrever e havia sempre qualquer coisa a meter-se à frente, como é uso. Mas foi hoje, pronto - e aqui vai disto.
Cumpre-me, antes de mais, esclarecer, que sou uma convicta admiradora das sombras da Urban Decay e tenho várias, para além destas duas meninas (as três Naked, a Smoked, as duas da colecção Oz e um quarteto do-it-yourself). Não as considero caras para a qualidade que têm (dão muitos a zero às Mac, na maioria dos casos) e reconheço-lhes o pioneirismo nesta grande maluqueira das paletas com tons neutros - sempre terão sido as mais usadas, mas a verdade é que ainda ninguém as juntara numa paleta e lhes dera um nome que é, em si mesmo, um golpe de génio - e atenção que a minha paleta favorita das que tenho até é a Smoked, mas façam sair uma quarta Naked e o mais provável é que eu a compre sim senhores (e, no entanto, marimbo-me para tudo quanto é tentativas de imitação que grassam no mercado: cedi na Chocolate da Too Faced e o que penso dela só confirma a minha opinião).

Dito isto, não acho que quem quer que seja precise destas paletas todas e muito menos das duas Naked Basics (nunca me ouviram dizer que comprei isto ou aquilo para pintar a cara porque precisava, porque estaria a mentir: compro porque quero e porque posso e não preciso de justificações para além destas), Agora, também não aceito que se diga que quem tem uma não precisa da outra porque elas são mais do mesmo - não são, não senhores. Nem isso nem aquele outro mito urbano de que a segunda edição tem cores mais frias do que a primeira - juro que não percebo onde nascem estas pretensas verdades, mas mais do que censurar quem as disse primeiramente, preocupa-me o seguidismo de quem olha para as cores e vê não o que está à sua frente mas o que lhe foi dito (ou então não conhece a diferença entre cores quentes e frias, também pode ser - mas está armada em blogger especialista, a fazer de conta que sim, como é tão costume).
Antes de passar às cores, porque são elas que importam aqui, permitam-me que relembre o intuito da Urban Decay quando lançou a primeira destas paletas (intuito esse que, certamente presidiu também à criação da segunda): a ideia era criar uma mini-paleta com tons muito neutros e mate, combinados com uma sombra mais iluminadora, de modo a que as seis cores funcionassem bem quer entre si quer combinadas com qualquer outra cor ou acabamento. E é justamente assim que as uso: sozinhas (e adoro) ou para acompanhar cores mais tcharam.
Em termos de qualidade, o que noto é que as sombras da segunda paleta são mais poeirentas do que as da paleta original - mas, caramba, são tão lindas que não há como bater com o pincel para retirar o excesso antes de levar a cor ao olho e temos o assunto resolvido (ainda que não perceba por que diabo a Urban Decay, rainha dos mates cremosos, se permite regredir assim, mas enfim).

E agora vamos às cores Deixem-me só chamar a atenção para o facto de que, se há um conjunto de sombras mais "quente", é o da Naked Basics 2 (olhe-se as sombras Stark e Cover: é absolutamente flagrante - mas há mais), enquanto que as da original são, quando muito, neutras a frias. Mas adiante.

Naked Basics (original)
Venus| marfim acetinado, é a única cor com brilho da paleta; funciona lindamente como iluminador, é macia e quase cremosa, super fácil de trabalhar.
Foxy | Nude amarelado (assim se nota que a minha pele é mais neutra a atirar para o rosado do que para o amarelado), bestial como base para as outras sombras, no meu tom de pele.
Walk Of Shame | Nude rosado, muito próximo do meu tom de pele, tem a mesma qualidade fantástica da mana amarelada - às vezes junto as duas para fazer a base para as outras sombras;
Naked 2 | Castanho claro frio(mais acinzentado do que a cor Naked, que vem na Naked original), a cor de transição por excelência, para mim, Igualmente macia e pigmentada.
Faint | Castanho mais para o escuro, tem um fundo quente que lhe dá um ar de cor-de-chocolate.
Crave | Ao contrário do que oiço dizer, este não é um preto mate (gráçázádeuss) mas um castanho muito escuro mate - e sim, para mim faz toda a diferença porque sou pouco dada aos pretos. Uso-a quando quero escurecer algum look mas, sobretudo, como eyeliner.

Naked Basics 2
Skimp | Bege apessegado com um ligeiro brilho (mas muito menos do que a Venus da paleta original); só funcionará bem como iluminadora em peles mais escuras do que a minha - ou com a minha, no Verão.
Stark | Bege escuro de subtom quente: tem excelente pigmentação mas é um nadinha poeirenta; escelente como cor de base ou mesmo para definir muito difusamente o côncavo das peles mais clarinhas.
Frisk | Toupeira claro, muito parecido com a Naked 2 da paleta original, mas mais escuro; há, contudo, aqui, qualquer coisa de quente, no fundo - e mais pó, que é coisa que não se verificava na primeira paleta e aqui é comum.
Cover | Em termos de qualidade, creio que seja a melhor  das cores da paleta: é mais amanteigada e tem uma pigmentação sensacional; adoro este castanho-terra  (há ali qualquer coisa de subtom avermelhado) médio.
Primal | Castanho escuro neutro, não tão perfeito em termos de fórmula como a colega do lado esquerdo, mas certamente mais amanteigada do que as Stark e Frisk.
Undone | Castanho escuro acinzentado, frio - é a cor que tem pior pigmentação de toda a paleta (das duas paletas, até!), parece mais seca e difícil de trabalhar - o que não me chateia grandemente, porque só a uso como eyeliner ou para escurecer ligeiramente o canto externo ou o côncavo.

Conclusões?
Bom, em termos de qualidade, gosto mais da Naked Basics original; em termos de cores prefiro de longe a Naked Basics 2, embora me deslumbrasse mais se tivesse ali um tom mais clarinho que servisse como iluminador. Mas, e nem seria eu se dissesse outra coisa, o que acho é que estas paletas são complementares e não mutuamente exclusivas - gosto de uma e outra, de acordo com as ocasiões e com o tom específico que tenho em mente, pelo que não sinto que pudesse dispensar qualquer delas, não senhores.
Estas meninas custam cerca de 27€ nas Sephoras portuguesas mas facilmente ficam por menos de 22€ numa destas promoções de 20% que são recorrentes (embora nem sempre para as marcas exclusivas), sendo que está a acontecer uma delas, de resto. E perdoem-me lá mas achar que pagar 22€ (ou mesmo 27€) por seis sombras de 1,5g cada de uma marca como a Urban Decay é risível - cada sombra fica, no mínimo, por 3,70€ e, no máximo, por 4,50€, que é muito menos do que custa uma L'Oréal no supermercado e mais ou menos o que custa uma Catrice na Well's (e nada contra umas ou outras, sou fã confessa das Catrice - mas não me lixem com esses cálculos marados).

Compras #108 | Zara e Primark

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Coisa muito rápida, só para dar conta de umas compras poucas que fiz esta semana (já lá vai o tempo em que, de cada vez que entrava na Zara, vinha carregada de sacos; não que isso não continue a acontecer, por vezes, mas já não sempre - palmadinhas nas costas para mim!) e que ocorreram por três motivos: o facto de a Zara estar com 50% nalgumas peças (online e em loja), a circunstância de ter experimentado as novas Levi's 501 (e ter detestado) e o ter decidido que queria uma espécie de bralette para usar com umas blusas mais decotadas que cá moram. Vamos lá a isto.

Estas foram as botas que mandei vir (em loja já não as havia) e pelas quais paguei metade do preço: 29,97€. Adoro-lhes a cor de telha rosada e a camurça, só não sou nada fã do facto de só termos a boa da "real leather" por fora (e o belo do poliuretano por dentro), mas como é coisa que nunca usarei sem meias de algodão, condescendi.

Depois, frustradíssima com a estória das 501, porque havia decidido que desta é que investia 100€ numas boas calças de ganga mais largas (sempre gostei de jeans justos, embora tenha um ou outro par mais largueirão) e aquelas é que haviam de ser as tais, tive de tomar medidas extremadas: mandei vir três pares de calças de ganga da Zara todos no tamanho acima do meu para que fossem mesmo mais baggy, de entre os quais escolheria o (ou os) de que gostasse mais. Felizmente não foi difícil e lá ficaram estas (que ainda por cima custaram menos de um terço das Levi's - o que até faz sentido, dado em preferir as skinny e não usar tanto coisas mais boyfriend).

Depois, já na Primark (fui à Zara levantar as encomendas e, porque estava no centro comercial, aproveitei), encontrei este bralette que era exactamente aquilo de que precisava e não tinha ainda procurado: não tem arames nem fechos (vantagens de se ter apêndices mamários reduzidos!), é giro e foi baratíssimo (4€) - se gostar do modo como o sinto no corpo, acho que vou buscar mais.

Esta foi uma compra absolutamente inesperada: não ia em busca de roupa (já fiz excelentes negócios na Primark e tenho coisas giríssimas compradas por lá, mas não gosto especialmente da loja do Norte Shopping e ultimamente as colecções não me têm apelado) mas encontrei este top sem mangas e feito de um algodão super-macio para lá perdido, sendo que não pude deixar de o adoptar. Adoro as cores e já o estou a imaginar com uma saia comprida, quando o Verão aparecer, Custou 6€.

Finalmente, dois utilitários: por um lado, três scrunchies por 1.50€ - e não se assustem, não são para usar na rua: cresci nos anos 80, jamais o faria, acho estas coisas hediondas, mas  adoro o modo como prendem o cabelo sem o marcar ou arrepelar: por outro, mais umas toalhitas de limpeza facial (que uso, repito, não para remover maquilhagem do rosto, mas para ir limpando as mãos quando me maquilho ou para limpar amostras de cor que tenha feito aqui para o blogue), desta vez numa versão nova, com óleo de argão. Elas funcionam todas do mesmo modo, mas até nestas mariquices eu gosto de variar.

E foi isto. Palpita-me que as próximas compras serão as já anunciadas (ou, no mínimo, algumas delas), no próximo dia 13 de Maio, para agarrar as ofertas da Space.NK. Yay!

Protagonistas e Looks da Semana #6 | Illamasqua e Sephora

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Esta era ser uma semana curtíssima, em termos maquilhísticos: seriam apenas três (era bom, era) quatro dias de pinturas e quatro de cara lavada (hallelujah!) - mas, ainda assim, não quis quedar-me apenas por uma paleta, que eu sou menina para me enjoar com facilidade de tudo e mais alguma coisa. Por isso escolhi as coisas da Illamasqua que comprei nos saldos de Inverno e juntei-lhe mais umas coisinhas - a saber:
- a Multi Facets Palette da Illamasqua, na variação Aura, que porta um creme de contorno (o famoso Hollow), um iluminador (Aurora), um blush em pó (Tremble), um pó para sobrancelhas (Thunder) que uso como sombra e quatro sombras de cores perfeitamente usáveis e combináveis entre si e com outras (Vision, um branco duocromático metalizado; Servant, um pêssego muito clarinho mate; Feint, um malva de fudco castanho mate; e Machine, um preto mate);
- dois blushes em creme da Illamasqua, o Cream Blusher (que tem uma forma mais transparente e de acabamento mais dewy), na cor cor Laid (um rosinha entre o queimado e o fúcsia), e Velvet Blusher (mais pigmentado, de acabamento quase mate) na cor Peaked (um malva de cair);
- a Eyeshadow Base da NYX, na cor #3, uma coisa muito próxima do Paint Pot da Mac na cor Soft Ochre;
- as minhas três The Essential Eyeshadow Single, do Kevyn Aucoin, que tenho nas cores Aubergine (um beringela mate), Passion (um beringela mais a atirar para o roxo escuro, de acabamento acetinado) e Fawn (um castanho médio quente, de acabamento mate);
- as minhas duas sombras individuais da By Terry, as Ombre Veloutée, nas cores #06 Mûre Nocturne (um azul marinho lindo) e #09 Lavander Muffin (um violeta muito azulado);
- os correctores High Coverage Concealer for Under Eye, da Laura Mercier, que tenho na cor #1 (de que falei aqui) e que é coisa para cobertura total, e Instaglam Eye Brightening Concealer  da Rodial (que tenho na cor #1 Aspen), mais líquido, iluminador e de cor apessegada;
- finalmente, os meus batons de acabamento mate da Sephora, tanto os líquidos que andam nas bocas do mundo (e que são bons, não me interpretem mal, só não os acho assim tão diferentes de outros que tenho), isto é, os Cream Lip Stain (duas cores) e os maravilhosos e pouco falados Colour Lip Last (de que tenho três cores). Sabia que não usaria todos, mas que fosse o que C&C quisesse.

Segunda-feira | Era dia de botar faladura (como são todos aqueles em que me maquilho), mas desta feita a faladura seria mais acelerada (tanto para dizer e tão pouco tempo...!), pelo que resolvi usar um daqueles que são mais uns batons que, segundo o mundo, duram-o-dia-todo, só para dizer que não duram não senhora, e nem por isso são maus produtos. Falo do Cream Lip Stain da Sephora, aqui na cor #1 (só tenho dois destes meninos e sei que entretanto foram lançadas mais cores), um vermelho muito janota, daqueles que ficam bem a toda a gente. Depois da pele feita com a base Matissime da Givenchy (que adoro, porque tem um acabamento muito natural, que não mate), que sobrepus à mistura-maravilha que constitui a mescla dos primers da Bourjois e da Kevyn Aucoin (que estou a ver se acabo, enfim) e que corrigi com uma mistura dos correctores da Rodial e da Laura Mercier, comecei pelo contorno, feito com o creme Hollow da Illamasqua (perfeito para peles claras como a minha ou ainda mais branca-de-neve, imperceptível em tons mais escuros), que é uma maravilha de trabalhar e deixa uma sombra tão natural que nem com lupa o detectariam; o blush usado foi o Laid da mesma marca e, claro, tive de lhe apor um nadinha do iluminador Aurora, que dá um efeito quase "molhado" lindo. Decidi manter os olhos num quase-nada, pelo que comecei por iluminar o canto interno com a cor Vision, que é uma cor interessantíssima, como que duocromática: na paleta parece um branco acetinado, mas depois sai assim uma espécie de dourado; depois, fiz o cônvavo com a magnífica cor Feint, um castanho muito rosado-berry, que adoro de paixão - mas de forma mesmo muito difusa. Depois aprofundei um nadinha mais a coisa com uma mistura da mesma cor com o castanho mate Thunder (teoricamente para sobrancelhas, mas a usar como nos der na gana). Usei o Servent, um bege/pêssego clarinho, na pálpebra móvel e voltei a esbater, para juntar as duas cores. Depois foi só fazer um eyeliner desleixado com o preto mate (Machine) e marquei a linha de pestanas inferiores outra vez com o castanho Thunder, que esbati com o Servent. E pronto, foi só juntar máscara de pestanas e a boca vermelhona (que delineei primeiro com o lápis da B Basics) - que não durou as 3h de discurso, claro (acabei com o centro dos lábios sem nada e a esfarelar. Os milagres estão mesmo na cabeça das pessoas - abençoadas.

Terça-feira | E, ao segundo dia, voltámos às cores de batons fortes, sendo que o escolhido pertence a uma gama que nunca leio ou oiço referida nestas coisas do mundo da beleza e, francamente, não percebo porquê: trata-se só de um dos melhores e mais duradoiros batons mate que já usei. Falo do Colour Lip Last da Sephora, de que tenho mais duas cores e que adoro de paixão: o cheiro é maravilhoso, o modo como desvanecem nos lábios muito elegante (não esfarelam, como o Cream Lip Stain de ontem) e só pecam por não ter muitas cores disponíveis (de todo o modo, eu tenho três cores e haverá mais uma a brilhar ainda esta semana) A usada foi a cor #23, um vinho arroxeado daqueles que nunca nos deixam ficar mal. Na pele, havia usado a Lingerie de Peau da Guerlain, e o mesmo contorno e iluminador do dia anterior. Porque o estrelato seria, mais uma vez e portanto, entregue aos lábios (algo que há três anos atrás seria impossível de acontecer), pelo que optei fazer uma coisa mais ou menos monocromática, dentro dos mesmos tons arroxeados, no resto da cara e nos olhos. optando pelo Velvet Blusher da Illamasqua na cor Peaked - um malva lindo de viver (e com uma formulação absolutamente extraordinária, de que falarei em breve). Nos olhos, comecei com a cor Vision, o tal dourado que na paleta parece branco-prateado e usei a sombra individual do Kevyn Aucoin da cor Aubergine (que tenho a dobrar, graças a uma reposição da Space.NK - e que adoro) no côncavo e canto externo, só para dar alguma profundidade ao olho. Depois usei a mesma cor para delinear a linha de pestanas mas não fiquei satisfeita e, à última da hora, decidi usar o Ultimate Crème Eyeliner da Becca na cor Belle Époque, um beringela interessante, embora, quanto a mim, pouco pigmentado só para dar mais volume à coisa, no canto externo. Na linha inferior de pestanas usei a cor Fawn, também do Kevyn Aucoin (um castanho mate quente) e esbati com a cor Servant (o tal beje apessegado). Muita de pestanas (não, a Better Than Sex não me convence de todo) e pronto.

Quarta-feira | Pá, os olhos castanhos podem ser pouco originais cá pelo burgo, mas têm esta vantagem de aguentar todas as cores com uma facilidade enorme (gaba-te cesto...). Vai daí, apeteceram-me as cores frias das duas sombras individuais da By Terry, pelo que o resto da cara se quedou pelo básico, só para lhes dar destaque. Na cara usei a base da Dior, que misturei com o iluminador Mac, porque não suporto a pele matificada e, para dar cor e dimensão ao rosto, usei, como no resto da semana, o contorno em creme Hollow e o iluminador Aurora - sendo que adoro o efeito dos dois no meu tom de pele; resisti aos blushes em creme e usei pela primeira vez, nestes dias, o que vem com a paleta: Tremble é um rosinha claro frio e estupidamente pigmentado que convém usar com parcimónia. Nos olhos, comecei por aplicar a sombra violeta, Lavander Muffin, por toda a pálpebra móvel; depois acrescentei a azul, Mûre Nocturne, no canto externo, puxando-a para o côncavo, tendo esbatido tudo, na prega do olho e um nadinha acima, com a cor Fawn do Kevyn Aucoin. Estas sombras perdem um nadinha da vivacidade de esbatidas, pelo que depois fui acrescentando cor e esbatendo as vezes necessárias até estar satisfeita com a intensidade. Depois escureci a linha de pestanas superior com o lápis da Sephora e acabei por delinear a linha de pestanas inferior e a linha de água (espantemo-nos, porque é coisa que nunca faço) com o mesmo lápis, tendo esbatido o traço abaixo do olho com a cor castanha do Kevyn Aucoin. Carimbei um nadinha da cor Vision (o tal branco-dourado) no canto interno, só para iluminar a coisa, usei mais uma vez a Better Than Sex nas pestanas e, nos lábios, a sobriedade do Colour Lip Last da Sephora na cor #06, um cor de boca rosa queimado muito parecido com a minha cor natural de lábios.

Quinta-feira | Um dia longo e cinzento, metade do qual passado à mesa (prometo que trabalhei, pelo meio, não se aflijam) requeria maquilhagem confortável, pelo que nem hesitei em pegar nas cores que serão sempre as minhas preferodas: os beringelas, os malvas, os rosas queimados - se me obrigassem a usar uma paleta de cores para sempre, optaria por esta, sem hesitações. Escolhi para a pele uma das minhas bases favoritas de sempre, a Teint Visionnaire, da Lancôme, que até tenho em duas cores; ainda assim, a minha cor de Primavera (a #1) continua a ser demasiado escura para a minha pele actual (e ooainda falta muito para poder rockar a cor #35), mas lá se deu um jeito à coisa, mesmo porque o corrector da Laura Mercier é de cor bem clarinha e dá para contrabalançar a coisa - de todo o modo, não usei contorno nem o que quer que fosse para além do blush, que foi, outra vez, o maravilhoso Peaked da Illamasqua. Nos lábios, o mesmo batom Sephora do dia anterior, mas desta feita com o lápis Whirl da Mac por baixo, a dar-lhe o ar malva (ou arroxeado, vá) de que tanto gosto. Nos olhos, e apesar de as fotografias tiradas à pressa não lhes fazerem de todo justiça (mas era isto ou nada, minha gente, foi um dia de correrias), tiveram todo o protagonismo as sombras do Kevyn Aucoin nas cores Passion, um beringela muito arroxeado com brilho acetinado (por toda a pálpebra móvel), e Aubergine (um beringela mate e mais quente), no côncavo e canto externo. Depois marquei a linha das pestanas superiores com o eyeliner em pasta da Bobbi Brown, puxando só um nadinha o risco (como se fosse mais uma pestana) e carimbei a linha inferior de pestanas com o pincel de eyeliner, sem recolher mais produto, esbatendo tudo com mais um nadinha do Passion. Muita máscara e pronto. [Usei outro look à noite, quando saí para jantar, mas  não foi com estes produtos e não  me apeteceu registar o momento, confesso.]

Temos a semana acabada e, no bolso, a perspectiva incomparável de uma semana quase sempre de cara lavada: yay! - de todo o  modo, os protagonistas da próxima semana estão escolhidos e serão da Nars, boa?

Treino em Casa #6 | Dancemos

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Este é um post estranho só porque eu nunca fui de ir sistematicamente a aulas de zumba ou de step coreografado ou de body jam ou do que quer que seja (mas volta e meia ia, sim senhores) que meta passos de dança praticados por um bando de gente metido numa mesma sala: concentro-me mais depressa naqueles espécimes que estão ali mas podiam estar na pista de dança da discoteca mais próxima (tal é o seu absoluto desprezo pelas orientações de quem estiver a conduzir a aula) do que na coreografia em si, para além de que morro de medo de levar com gente em cima.
E, no entanto, sempre gostei de dançar, ainda que nunca me tenha achado um portento na coisa: tenho a sorte de ser coordenada mas não sou especialmente bailarina e privilegio modalidades mais atléticas. Todavia, volta e meia adoro um pezinho de dança, desde que seja coisa bem construída e mesclada de movimentos que eu sinta que estão a trabalhar músculos em particular (e em geral igualmente).
Tenho uma série pequena de vídeos com incluo na categoria 'dança' (o dobro dos que aqui deixo, não mais), reservados para os dias em que prometi a mim mesma que treinava mas não me apetece esforçar-me demasiado (e, no entanto, acabo sempre a escorrer suor langonhento). Deixo-vos alguns, para os corpos mais dançarinos que estiverem desse lado. Haverá muitos mais, por certo, mas foi coisa que não pesquisei a fundo: uso estes vídeos uma ou duas vezes por mês, no máximo, pelo que este número basta-me.



Bons treinos, gentes mexidas e auto-motivadas! (Volto em breve com coisas de treino localizado)

Homenagem às boas mães

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Porque nem todas o são.
Porque o nosso corpo pode ter nascido preparado para parir mas nem todos os cérebros foram talhados para cuidar.
Porque sei exactamente o que é ser uma boa mãe - não é preciso sê-lo, basta ter (tido) a sorte de ter uma.
Bom dia da Mãe, às mães boas (e eu conheço algumas...), com um dos melhores vídeos que já vi.sobre esse trabalho a tempo inteiro e sem direito a reforma nem pausas nem férias.

TAG: TMI | Too Much Information

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1. O que tens vestido? Pijama, minha gente. E Uggs!
2. Alguma vez estiveste apaixonada? Obviamente.
3. Alguma vez tiveste um fim de relação terrível? À distância, diria que não, mas na altura senti-os como um drama, claro.
4. Quanto medes? 1,72m
5. Quanto pesas? Não me peso, mas entre 54 e 57kg, sempre, de há oito anos para cá.
6. Alguma tatuagem? Nem uma.
7. Piercings? Só dos comuns, no lóbulo da orelha: três na da esquerda, dois na da direita.
8. Casal perfeito? Não acredito no conceito, sequer,
9. Programa televisivo preferido? Altos e Baixos, no Canal Q, Governo Sombra, na TVI 24.
10. Bandas preferidas? The Beatles, Rolling Stones, Pearl Jam. Os Azeitonas! Simon & Garfunkel são uma banda, certo?
11. Algo de que tenhas saudades? Não tenho saudades de coisas (algo), só de gente (alguém) que já morreu.
12. Música preferida? Todas as do Miguel Araújo, António Zambujo, Camané, Rui Veloso, Fausto, Sérgio Godinho, Jorge Palma, Deolinda. Chico Buarque, Caetano Veloso. Para mostrar que estou atenta, mais recentemente não consegui deixar de gostar muito da que reúne a Rihanna e o Kanye West com o Paul McCartney: esta.
13. Idade? 41.
14. Signo do zodíaco? Diz que é Leão.
15. Qualidade que procuras num companheiro? Não procuro coisa alguma: as pessoas dão-se bem ou não, independentemente de características previamente estipuladas. Mas gosto de um cérebro musculado e de um sentido de humor bem trabalhadinho.
16. Frase preferida? Não tenho uma frase preferida, tenho carradas delas. Interesso-me mais por raciocínios do que por frases soltas que se usam como buchas quando dá jeito.
17. Ator preferido? Também não tenho um só, mas adoro o Robert Downey Jr. e o Benedict Cumberbach.
18. Cor preferida? Vermelho, se me obrigarem a escolher, mas não há qualquer cor de que não goste.
19. Música alta ou música calma? Alta só mesmo em concertos (ou, às vezes, no carro, para cantar e soltar demónios).
20. Para onde vais quando estás triste? Se puder, para casa. Mas raramente me sinto triste, por acaso. Danada, louca, pior do que peste, com vontade de partir tudo sim; triste nem por isso.
21. Quanto tempo demoras a tomar banho? Três a cinco minutos se não lavar a cabeça; sete a dez se lavar.
22. Quanto tempo demoras a arranjar-te de manhã? Depende do tempo que tiver: pode ser dez minutos ou uma hora.
23. Algumas vez estiveste numa luta física? Com certeza. Tenho um irmão um ano mais novo, passámos metade da infância e adolescência ao tabefe.
24. Turn on? Uma voz grave (que não rouca), um humor inteligente, um corpo alto e atlético, mãos bonitas e bem tratadas, auto-confiança e muito mundo (mas tudo junto).
25. Turn off? Meia branca, dogmas, mastigar de boca aberta, cuspir para o chão, cheiro a suor, humor idiota, infantilidade(s).
26. A razão pela qual te juntaste ao Youtube? Para ver vídeos. apenas. À blogosfera, porque gosto de escrever e de trocar cromos.
27. Medos? De que as pessoas de quem eu gosto (e os bichos) morram ou sofram.
28. Última coisa que te fez chorar? Certamente um filme. Ou notícias de bichos abandonados e/ou maltratados, que inundam o Facebook.
29. Última vez que disseste que amavas alguém? Ui, não me lembro. Foi noutra vida.
30. Significado por detrás do nome do Youtube? Do blogue, pode ser? Nenhum, é mesmo o que vêem.
31. Último livre que leste? Um tão técnico que não o vou pôr aqui. Tem que ver com o trabalho, vá - e há coisas que não moram neste blogue (o meu trabalho é uma delas).
32. Livro que estás neste momento a ler? Outro do mesmo género. Daqui a um mês espero voltar à normalidade da literatura.
33. Último programa televisivo a que assististe? Governo Sombra ou um House Hunters qualquer.
34. Última pessoa com quem falaste? A T..
35. A relação entre ti e a última pessoa a quem mandaste a última mensagem? Sócios.
36. Comida preferida? Tantas que um post não chegaria - tenho muito boa boca e adoro comer.
37. Sítio que queiras visitar? O mundo inteiro.
38. Último sítio onde estiveste? No Terrella (um restaurante). Se falamos de férias, em Madrid.
39. Tens uma paixoneta? Pá, não, santa paciência.
40. Última vez que beijaste alguém? Há minutos, espetei uns beijos repenicados à  gataria toda. Serve?
41. Última vez que foste insultada? Assim cara a cara? Não me lembro, dou-me com gente educada. Talvez no trânsito, é o mais certo.
42. Sabor de doce preferido? Caramel Au Beurre Salé.
43. Que instrumentos tocas? Toquei, há muuuuitos anos atrás. Flauta e piano/órgão. E arranhava a viola.
44. Peça de bijutaria preferida? Pulseiras. E fios fininhos.
45. Último desporto que praticaste? Modalidades de ginásio servem? Tae Bo.
46. Última canção que cantaste? Uma qualquer dos Azeitonas, que é o CD que tenho a tocar non stop nos últimos dias (só oiço música no carro).
47. Frase de engate preferida? Se é uma frase de engate, já não é favorita.
48. Alguma vez a usaste? Pelo menos enquanto na posse das minhas faculdades mentais, não.
49. Última vez que passeaste com alguém? Eishh, já não me lembro de passear, como deve ser. Talvez com a mãezinha, um dia destes em que fomos às compras na Baixa.
50. Quem deveria responder estas questões a seguir? Sei lá, não me meto da vida alheia.

O Óleo Desmaquilhante da Úna Brennan

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Não é segredo por aqui que adoro bálsamos e óleos desmaquilhantes. Para mim não há cá festinhas nem aguinhas micelares e muito menos toalhitas ou leitinhos, quando se trata de me desmaquilhar, no final de um dia de trabalho (ou de festa, tanto faz): entro logo com a artilharia pesada para proceder à remoção de tudo quanto tenho na cara (à maquilhagem junta-se o lixo da cidade) e só a posteriori lá vou, primeiramente com um bifásico para retirar o que mais houver nos olhos e, depois, com um gel ou leite ou o que quer que seja com que esteja a lavar a cara na altura, para uma limpeza como deve ser (a primeira de mão foi dada com o bálsamo ou óleo, que são de facto coisas muito eficazes). Mas isto não é novidade alguma para quem me segue os posts mais ou menos trimestrais de rotinas de rosto (por cada estação, uma para a manhã, outra para a noite), pelo que a presença do Rose Hydrate Miracle Makeover Facial Oil da Superfacialist by Úna Brennan não constituirá motivo de admiração. Foi mais uma das coisas que trouxe, no ano passado, da Expocosmética (depois de o ouvir gabado quase consensualmente), embora só recentemente tenha sido chamado a assumir funções: estava a acabar-se o Miracle Cleanser da Aurelia, o bálsamo da Rodial seria o senhor que se seguiria, mas quis usar este rapaz nos entretantos.

E é com grande pena que venho dar conta de que não estou, de todo, deslumbrada. Não é que a constituição não seja magnífica, sem óleos minerais e porcarias que tais, mas esperava bem mais destes 30ml que me custaram 20€ - é que, reparem, o meu mui amado Facial Cleansing Oil Face & Eyes da Nude custa £28 (hoje, são 40€, mas quando o comprei seriam uns 35€) por 100ml que duram uma vida, justamente porque apresenta uma característica que este rapaz não tem: um ou dois pumps davam para a cara toda porque o óleo "esticava" uma vez emulsionado com água - e não, não tinha ponta de óleos minerais, era mais uma formulação para lá de boa. O que acontece com este rapaz da Superfacialist é que, porque não emulsiona (não se transforma num leite que deixa a pele limpa e seca) exige uma segunda limpeza (que eu faria, de qualquer modo, mas com o Nude não era obrigatório), mesmo porque a pele sente-se oleosa e suja, ainda que usando uma toalha molhada para o remover - em sua defesa, a marca afirma-o como um "pre-cleanser", pelo que não mente a ninguém. Por outro lado, porque é assim, é preciso muito mais produto - enquanto o Nude me durou meses a fio, este, mesmo não sendo usado diariamente (intervalei-o ora com o Aurelia, ora com o Rodial) não chegou a durar mês e meio, o que faz dele coisa demasiado cara para o que é.
Perdoa-me Únazinha, mas ainda não foi desta que me convenceste, não senhores.

Amostras testadas #6 | rosto e cabelo

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Já lá vai algum tempo desde que experimentei o que quer que fosse que considerei digno de nota para aqui constar - ou melhor, minto: tinha dias coisas em stand-by e o facto de ter testado três outras recentemente fez com que achasse que já tinha material para aqui trazer mais uma destas entradas que dizem respeito a produtos que, pese embora não tenha usado durante tempo suficiente para tecer grandes considerações, deixaram uma boa impressão tamanha que creio merecerem um post, em jeito de registo para memória futura. Comecemos.

1. Cucumber Gel Mask - Extreme Detoxifying Hydrator, Peter Thomas Roth
Não me lembro de onde veio esta amostra (era o tempo em que a pessoa recebia tanta encomenda que não conseguia fixar as ofertas), mas recordo-me perfeitamente de, depois de ter lido as indicações no sachet. ter decidido que a guardaria para um dia em que a minha pele estivesse mais mariquinhas ou no rescaldo de um ataque de reactividade (sim, que eles não desapareceram, só estão mais controlados, e sinto sempre a minha pele ultra-sensível depois de um). Isto porque a marca apresenta o produto como um gel ultra-gentil, que ajuda a acalmar, hidratar e desintoxicar pele seca e irritada. Ora, não tendo ele a pele intoxicada (porque a limpo e trato o melhor que sei e posso), sofro de tudo o mais, pelo que a promessa de uma mezinha que inclui extractos de pepino, papaia, camomila, ananás, ácer (há tradução melhor para "sugar maple"?), cana de açúcar, laranja, limão, aloé vera e mirtilo e que acalma a zona em que é aplicada encantou-me. Mais: pode inclusivamente ser usada na zona ocular, com o intuito de combater inchaços ou mesmo em pele queimada pelo sol (va de retro), sensibilizada pela cera depilatória ou pelo uso de pinça e por aí vai. Também pode usar-se por dez minutos, em caso de necessidade extrema ou, como eu fiz, como último passo de uma rotina de cuidados de rosto, deixando-a actuar durante a noite. Como disse, usei-a num dia em que a minha pele estava sensibilizada e desidratada, repuxada - e adorei não só a sensação aquando da aplicação como também o estado em que a minha cara acordou. Vou querer comprar e muito, mal se acabe o ano sem compras e outras máscaras hidratantes que aqui moram: custa cerca de US$45 e não é fácil de encontrar pela Europa.

2. Multi-Active Nuit - Crème Confort Vitalité Jeunesse, Clarins
Este é um tamanho de viagem que veio num daqueles coffrets-maravilha da Clarins e que tinha aqui por casa há tanto tempo que achei por bem pegar nele e tratar-lhe da saúde. São apenas 15ml (menos de um terço de um tamanho normal) mas deu para utilizar, como creme de noite, vezes suficientes para perceber que a minha pele seca e a precisar dos carinhos dos quarenta gosta dele - e gosta sobretudo desta embalagem em forma de bisnaga, que manterá estáveis por mais tempo os extractos de plantas presentes na fórmula (infelizmente, o produto vende-se, como a maioria dos Clarins, num boião de vidro com tampa - e não entendo que diabo de departamentos de marketing são estes que insistem em achar que isso é mais apelativo e luxuoso, quando o que deveria importar era a manutenção das propriedades do conteúdo na melhor das condições). A marca apresenta este produto como sendo especialmente indicado para quem pretende combater as primeiras rugas, o que equivale a apontar para um público-alvo especialmente sensível, mas na verdade isto não passará do nível da redundância: se é hidratante e nutre, é evidente que vai adiar o aparecimento dessas malditas. Mas enfim, a minha opinião é a de que, pese embora me agrade a sensação de hidratação e de nutrição que este creme proporcionou à minha pele, fazendo-a acordar super confortável e ainda muito hidratada (o não é fácil, numa pele seca e com tendência a desidratar, como a minha), não sei se pagaria os 70€ que ele custa - e digo isto na teoria porque, na verdade, acabo por dar, já que as alternativas bem embaladas são, ainda, muitíssimo reduzidas. Ah, tem um cheirinho muito bom - o que significa que tem fragrância na fórmula (péssimo para peles que lhe reagem mal o que nem sequer é o caso da minha).

3. Algae Brightening Mask With Alguronic Acid, Algenist
Tem piada que eu venha falar nisto depois de a Algenist ter sido vendida ao preço da uva mijona, na Sephora, por ser marca a descontinuar (qualquer dia, por cá, vendem-se apenas as marcas do costume, porque somos um público fraquinho que, na verdade, arrisca muito pouco - é natural que tudo se retire do nosso mercado e quedem apenas os grandes grupos, que nunca têm os melhores produtos). Por acaso, a primeira vez que usei esta máscara foi graças à Sephora: nesse dia, a empregada que me atendeu perdeu a cabeça e resolveu dar-me algo mais, para além dos habituais e odiosos mini-frascos de perfume e tudo o mais que os próprios funcionários reservam para si e para os amigos, esquecendo-se de que estas coisas deveriam servir para angariar clientes de facto interessados em gastar dinheiro em troca de coisas boas (como eu sempre fui). A verdade é que gostei tanto desta máscara de algas, que considero uma versão melhorada da GlamGlow, que a pedi infindáveis meses, como amostra, na Space.NK (que até há pouco tempo disponibilizava um punhado de packs e escolhíamos um e, agora, dá duas amostras à escolha), pelo que quase poderia escrever uma avaliação completa (como farei, um destes dias, com o Good Genes da Sunday Riley). Apesar de ter argila (caolina), que a minha pele não ama de paixão, e de não ter óleos (o que a torna desejável até por peles oleosas), tem o tal ácido algurónico que não se sabe bem o que seja, mas que a Algenist patenteou e alega ser responsável pela regeneração e protecção das células das micro-algas de onde é extraído, bem como ácidos láctico e salicílico, que vão proceder a uma esfoliação química gentil mas eficaz, que me deixa a pele macia, lisa e luminosa - o que é tudo aquilo de que a pessoa gosta, pelo que é mais uma a saltar para a lista dos a-comprar-quando-se-desbastar-convenientemente-o-stock (mesmo porque ainda tenho sachets para duas utilizações).

4. Champô e Máscara/Bálsamo Nutritivo da linha Óleo Extraordinário da Elvive (L'Oreal)
Em termos de cabelos, tendo a usar sobretudo produtos profissionais, que vou mesclando com algumas coisas boas que o supermercado, por vezes, disponibiliza: o meu cabelo, apesar de carregadinho de personalidade e tendência para o frisado, é um cabelo fácil e forte - não no sentido de ter o fio grosso, mas porque não é maricas nem me dá grandes trabalhos: pinto-o de mês a mês, estico a franja, dou-lhe um toque com um qualquer produto anti-frizz, quando ainda está molhado, e o resto ele faz sozinho. Por isso, e ainda que tenda a apostar em produtos especialmente pensados para hidratar e nutrir e/ou para caracóis e/ou para cabelos pintados, posso comprar produtos caríssimos ou de supermercado, depende do modo como me apelam. Tudo isto para falar de uma linha que não faço ideia se foi recentemente lançada pela L'Oreal, porque o óleo extraordinário já existe há uma porrada de tempo (e eu detesto-o, como dei conta aqui), mas a verdade é que começou a aparecer em tudo quanto é revista (falo de Expressos e Visões e Sábados, não revistas de moda e beleza, que cada vez compro menos) nas últimas semanas, pelo que depreendo que será coisa nova, que veio acrescentar-se ao tal óleo paupérrimo. Ora a verdade é que tive oportunidade de usar duas vezes o par champô+máscara e adorei, tanto que os compraria de imediato, se não estivesse proibida de o fazer, até ao final do próximo dia 26 de Dezembro (e, se calhar, para além dele, porque tenho stock de produtos de cabelo para bem mais do que isso, creio), Deixaram-me o cabelo macio, com um cheiro maravilhoso, e com o frizz controlado - e acreditem que esta é a melhor análise que eu posso fazer de produtos de cabelo. Não sei se funcionará com toda a gente mas agradou-me muitíssimo.

E de amostras estamos, para já conversados - sendo que tendo a trazer aqui unicamente aquelas que me encantam de algum modo (porque em relação àquelas de que não gosto tenho algum pudor em tecer considerações depois de uma ou duas utilizações, mesmo tratando-se de primeiras impressões; só o faria se fosse coisa crassamente desastrosa, sobre que precisasse de alertar).

Skincare Sazonal | Noite | Primavera'15

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Depois da entrada dedicada aos cuidados de rosto matinais primaveris, percorramos brevemente (prometo!) os produtos que estou a usar quando se trata do período nocturno - que, para mim, acontece mal chegue a casa, sejam cinco da tarde, dez da noite ou quatro da manhã. E sim, jamais deixo de o fazer, sejam as horas que forem ou haja o cansaço que houver: ninguém me convence de que, salvo se estiver à beira do coma alcoólico ou morto (literalmente - e usando o "literalmente" como deve ser) de exaustão, não tem cinco minutos para tratar de si: a leviandade com que as pessoas não cuidam da pele faz-me uma confusão imensa (aos 20 ou aos 50), sobretudo quando depois se arrogam no direito de tecer considerações sobre o que os outros comem e bebem ou as horas de trabalho seguidas que se atrevem a fazer ou o pouco que dormem - porque isso já é uma questão de saúde, claro: a pele não.
Dito isto, devo acrescentar que não estou plenamente satisfeita com alguns dos produtos que estou a usar mas fá-los-ei funcionar até ao fim, porque sou teimosa que nem uma mula e um produto tem de ser muito péssimo para que desista dele. Referir-me-ei a todos e às razões do meu desagrado quanto a alguns, mesmo porque o que não me agrada a mim pode ser bestial para outrem, pelas mesmas  ou por outras razões.

Comecemos pela remoção da maquilhagem, que é o primeiro passo (e o mais desejado por mim, que sou incapaz de estar maquilhada em casa, podendo não estar), ao menos nos dias em que me maquilho, que são, em média, cinco, por semana. Está mesmo a acabar o Rose Hydrate Miracle Makeover Face Oil da Superfacialist by Úna Brennan e foi óleo que usei com curiosidade mas não volto a comprar: nem sequer o acho barato para o que é e está longe de preencher os meus requisitos para um produto do género - faz o que deve, mas gasta-se demasiado produto e não sou fã do modus operandi (gosto de óleos que emulsionam, mantendo a mesma formulação bestial), conforme disse em publicação recente. De todo o modo, não me irrita os olhos e é coisa boa para levar em viagem, o que não posso dizer do senhor que se segue: o Stemcell Superfood Cleanser da Rodial foi comprado numa venda do Showroom Privé e vem numa embalagem gigante. Trata-se de um bálsamo amanteigado (o meu Aurelia, recentemente finado é bem mais cremoso) que, contudo, se usa com imensa facilidade, sendo que um poucochinho serve para toda a cara: aplica-se com a cara seca, usam-se movimentos circulares para o ajudar a dar cabo da maquilhagem (a dos olhos incluída, pelo menos para mim: lembro-me de a Sara do Make Down dizer que este mesmo produto lhos fazia arder), junta-se um nadinha de água e procede-se da mesma forma, após o que se retira tudo com uma toalha turca ou um paninho de musselina húmidos, para garantir a remoção de tudo o que há a eliminar. De todo o modo, fica sempre qualquer coisa agarrada aos olhos (sobretudo eyeliners e máscaras de pestanas de longa duração ou à prova de água), pelo que normalmente, e antes de proceder à limpeza de rosto propriamente dita, continuo os trabalhos com o Gentle Two-Phase Make Up Remover, da Collistar (outra compra magnífica no Showroom Privé), coisa de que nunca ouvi falar por essa blogosfera fora, mas que é muitíssimo boa (porque eficaz), ao nível do que melhor tenho usado nesta gama de produtos. 

Nesta altura, removida a maquilhagem, procedo à limpeza do rosto com o já gabado Ultra Facial Cleanser da Kiehl's, primeiro produto da marca que de facto me impressiona e sobre o qual falarei em breve (já tenho o post pronto!): é bestial nesta função, como também de desenrasca lindamente a remover maquilhagem em geral, pelo que podem preparar-se para uma entrada laudatória. No caso de não estar a utilizar maquilhagem, a minha rotina começa exactamente aqui: há ainda o protector solar e os lixos do dia acumulados e que urge remover, sendo que me muno da eterna escovinha Shiseido, que passo por água, aplico uma ervilha deste produto nas cerdas e passo a massajá-lo por todo o rosto, após o que junto mais água e repito o procedimento, até achar que tenho a cara absolutamente imaculada.

No campo dos tónicos, temos duas hipóteses: ou ataco com a mescla mais comum, que consiste numa primeira borrifadela do meu mui amado Serozinc de La Roche Posay (que é basicamente uma água mineral saturadinha de sulfato de zinco, que vejo agradar a gregos e a troianos e de que falei aqui), seguido de mais uma esguichadela do Centella Water Alchool Free Toner, da Cosex (uma marca coreana), que contribui para a hidratação e calmaria da pele e com que me tenho dado lindamente; ou, em alternativa, se a pele estiver em bom estado e nada dada às mariquices costumeiras, ataco com o Liquid Gold da Alpha H, um tónico esfoliante poderoso que nos deixa a pele com um ar incomparável - mas, porque tem ácido glicólico (um alfa-hidroxiácido) em quantidade respeitável, convém não ter a pele demasiado sensibilizada como a minha às vezes está.  Raramente o uso sem o resto dos produtos de tratamento por cima, sobretudo no Inverno, mas ainda assim a sua acção é sempre maravilhosa, como deixei patente aqui.

E passemos aos séruns, começando pelo de olhos, que dispensa apresentações, já que este Liftactiv Serum 10 Yeux & Cils da Vichy deve ser dos produtos mais constantes aqui da chafarica: aparece nestes posts trimestrais desde que comecei a fazê-los, há quase dois anos, sendo que já o usava antes disso e, apesar de já o ter posto à prova com produtos bem mais caros, tem prevalecido sempre. Trata-se, na verdade, de um sérum a usar na zona periocular, pálpebras e pestanas (a pretensão é a de que também fomenta o crescimento e fortalecimento das pestanas mas quanto a isso nada noto), porque não só ilumina a zona como a hidrata, exactamente como um sérum de rosto, preparando-a para receber o creme de olhos (mas já lá vamos). Para o rosto, vou usando três séruns, conforme as necessidades da minha pele e do creme de rosto que for usar  de seguida. Tenho a uso o A06 - Acid Hyaluronic LW da État Pur, coisa descomplicada que funciona como retentor da água na pele e que potencia a acção hidratante de tudo quanto lhe ponhamos por cima; e, às vezes (eu e a mania das camadas), depois de sentir o ácido hialurónico absorvido,  ainda lá vou com o A12 - Peptide-4 Pro Collagen, da État Pur: porque tem como foco necessidades diferentes, sinto que complementa a acção do primo A06 (a ideia dos peptidos é a de ajudar a estimular a produção do colagéneo, que é o que permite que a pele se mantenha elástica e preenchidinha de forma natural). Em alternativa, uso o Sesgen 32 - Cell Activating Serum, da Sesderma que, tenho sido escolhido por mim para incluir a primeira box que montei para a La Palomera Farma,  está longe de ser um dos meus séruns preferidos da marca. Ok, não é mau, a minha pele dá-se bem com ele, mas não está deslumbrada - mas escreverei ainda sobre o assunto. Finalmente, tenho a uso o RetiAge anti-Aging Serum também da Sesderma, que comprei em tempos na Dermofarma, num kit em que vinha o creme de noite da mesma marca - mas já desisti de usar quer um quer o outro no rosto. Tentei tudo, fiz todas as experiências (comecei por usá-los em conjunto, depois o sérum com outros creme; depois o creme com outro sérum) e nada adianta: estou a um terço de acabar ambos e finalmente admiti que não me dou com esta linha, que macula a minha pele maricas e a põe com os sintomas de um ataque de reactividade. E não, não é o retinol em geral: dou-me lindamente com outros e, mesmo da Sesderma, quase todos os seruns têm esse componente, embora em menor medida - mas esta composição põe-me sobretudo a zona das bochechas e maxilares muito sensibilizados e desconfortáveis, cerca de uma hora depois de aplicados. Claro que encontrei uma solução para usar ambos, de que falo já de seguida, quando chegar aos cremes - mas antes deles, permitam-me que saúde (enquanto emito um guinchinho de satisfação) o meu mui amado Juno - Hydroactive Cellular Face Oil, da Sunday Riley, que é assim só o meu óleo facial preferido de todos os tempos e de que gostei tanto, logo aquando da utilização do primeiro frasco (de que falei aqui) que o recomprei pouco depois. É carote, sim senhores, mas o que ele faz pela manutenção da tranquilidade da minha pele é incomparável, pelo que continuarei a comprá-lo em hesitações - de resto, tenho os dois últimos óleos faciais que tinha em stock a uso (este de noite, o Clarins de dia), pelo que provavelmente incluirei a compra de outro Juno, nos meus planos ainda neste ano sem compras. Bem sei que há quem use os óleos em cima dos cremes de tratamento, mas eu prefiro esta ordem, com que a minha pele se dá melhor (já testei a outra, obviamente): séruns, óleos e cremes.

E, por falar em cremes, passemos-lhes. Nos olhos, e em dias normais (isto é, naqueles em que não é preciso tomar medidas extremas, por mor das mariquices dérmicas), estou a usar o All About Eyes Rich da Clinique, sobre que escrevi recentemente: não, não faz muntos e fundos como a  marca clama, mas tudo o que eu peço é hidratação da boa e, nesse aspecto o tipo cumpre. Redescobri-o recentemente e falei sobre ele aqui. Quando quero ainda mais hidratação e nutrição, deixo-o absorver um ou dois minutos e "tranco-o com uma camada fininha do Hyal-Urea da Euceryn (de que falei já na entrada sobre os cuidados matinais): sinto que, em conjunto, me proporcionam uma performance tal que, de manhã, ainda sinto a pele algo colante, como eu gosto. No rosto, andei muito tempo a aplicar o creme RetiÂge da Sesderma, sendo que nessa altura, e apesar de ele ser bastante hidratante, mesmo para peles secas como a minha (ou seja, era perfeitamente possível usá-lo sozinho), esperava uns vinte minutos que ele fosse absorvido e que os retinóis tratassem de começar a fazer a sua magia e aplicava depois um nadinha do Hydra-Filler da Filorga, um creme absolutamente banal, que uso por vezes como creme de dia  mas que nunca me maravilhou verdadeiramente. Como disse já, nem assim o RetiÂge funcionou, em dupla ou com os jogadores singulares, pelo que tratei de lhes arranjar outra tarefa: estão a tratar-me da saúde do pescoço e colo, áreas onde não me causam qualquer irritação e farão o que têm a fazer, porque se trata de zonas onde os efeitos do envelhecimento cutâneo se notam tanto como no rosto (e reparo que a maioria das pessoas não estende os cuidados de rosto a essas zonas ou usa produtos específicos para elas). Vai daí, estou a trabalhar, na cara, com o Regenerative Anti-Aging Moisturiser da Algenist, comprado nuns saldos da Sephora ao preço da uva mijona (18€ custou este rapazola, em vez dos cerca de 80€ originais - e agora acabou-se-nos os festim, que a loja está a descontinuar a marca). Confesso que preferi a versão Ultra-Rich, mas este menino também não se porta mal, vá.

Nas noites em que é preciso mais e quero mesmo acordar com ar de quem dormiu dez horas (coisa que não me lembro de me acontecer há uma porrada de anos) em vez das  5 ou 6 horas da praxe, ataco com as máscaras em serviço - já quase todas no fim e de que falei muito recentemente: espreitem o que digo sobre a Masque Crème Magique Contour Des Yeux da Eisenberg e a Masque Contour Des Yeux da Sisleyaqui; no que toca ao rosto, falei das minhas Hydrating Rose Face Mask e Anti-Aging Overnight Repair Mask, ambas da Aromatherapy Associatesaqui. Tendo a, uma vez por semana (às vezes duas, em alturas mais malucas), pegar nestas quatro meninas e usá-las em vez dos cremes de noite (logo a seguir ao óleo, portanto), sendo que uso as quatro ao mesmo tempo: nos olhos, primeiro a Eisenberg e depois a Sisley; no rosto, primeiro a de hidratação (que é um gel e tem carradas de água) e depois a outra. Acordo com uma cara super descansada e com a pele macia e nutrida - bendita ciência e estas maravilhas que se trocam por euros.

E é isto, minhas gentes. Cuidem-me dessa pele, sim? Muito mais do que a melhor das maquilhagens, uma pele bem tratada é o primeiro passo para que gostemos do que vemos ao espelho, a todas as horas, seja qual for a idade que tenhamos.

Bálsamo Labial da Rodial

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Não foi uma compra, o que me deixa bastante mais descansada: creio que veio num dos muitos goodie bags que a Space.NK fez o favor de oferecer em 2014, em compras de determinado valor; é que, na verdade, o Stemcell SPF15 Glam Balm Lip, da Rodial, com células estaminais, factor de protecção solar 15 e pensado para lábios desidratados não me enche, de todo, as medidas.
Não me interpretem mal, claro que o uso, mas basicamente o tipo serve para tudo menos para os lábios - e quem me chamou a atenção ele até foi a Marlene, do Pretty Exquite: também ela o tinha, creio que comprado num daqueles nossos enfeiranços valentes, no Showroom Privré e não estava encantada. A meio da conversa, lembrei-me de que tinha produto similar cá para casa e resolvi testá-lo, para ver como nos dávamos - e, francamente, o tipo tem rockado nas minhas cutículas e até nas narinas, que a Primavera presenteia sempre com feridinhas (e o bálsamo entra para amaciar as crostas sem fazer sangue, o que só acontece porque eu gosto do forte aroma a rosas que esta linha da Rodial porta), mas nos lábios não faz o que quer que seja, fica como que ali, à superfície, amacia enquanto está, mas desaparece depressa e os lábios ficam na mesma - um pouco à semelhança do que disse acerca do bálsamo Top Secrets da YSL.
De resto, tinho a uso, ao mesmo tempo, o Carmex de menta em bisnaga e, entre um e o outro, prefiro de longe o Carmex (sendo que nem sequer sou de todo fã dele, mas já cá está há muito tempo e tenho de o gastar), com a diferença de que o tubo da Rodial tem menos produto (7g, enquanto o Carmex tem 10g) e custa bastante mais, nas suas £17/23€.

A consistência é assim a de um gel mais cremoso, tem manteiga de karité e óleo de rosa mosqueta, bem como antioxidantes e carradas de coisas boas, com o objectivo de estimular a produção de oxigénio e de fomentar a restruturação celular, ajudando na luta contra os danos do sol (mais do que prevenir, que usar SPF15 e nada é mais ou menos a mesma coisa: pode proteger um nadinha das queimaduras provocadas pelos raios UVB, mas não dos raios UVA, que são os responsáveis pelo envelhecimento cutâneo) - e o meu fará isto tudo, mas nas unhas ou em qualquer outra zona seca, porque nos lábios sinto-o tão inútil como vaselina (com o devido e respeitoso distanciamento, que a fórmula é coisa sem termo de comparação).

BB&B | Lápis de lábios (Essence, Catrice e Rimmel)

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Desde que há um ano e três meses, mostrei o mini-ajuntamento de lápis de lábios moradores nesta mansão, a coisa terá duplicado triplicado em número: de facto, para quem como eu, privilegia a durabilidade por um lado e, por outro, é incapaz de aplicar batom do bem opaco direitinho, sem a linha ficar tremida, este é um produto verdadeiramente essencial. Ora tendo eu já elegido (e não eleito, sim? Por favorzinho) os meus mais-que-tudo neste domínio (sem dúvida, os Clarins e os Urban Decay, porque ambos deslizam como nada mais e são ultra-duradoiros) e continuando sem perceber a loucura em torno dos Mac, por exemplo, venho dar conta  de três marcas que possuem lápis de lábios permanentemente bons e baratos (para além de bonitos).
Só não incluo os Kiko nesta lista porque esses só valem a pena quando comprados em saldos (tenho um punhado deles comprados por valores entre 1€ e 1,50€), os preços não são sempre estupendaços.
Vamos então aos meus Essence, Catrice e Rimmel London, sim?

Os Lip Liners da Essence têm uma relação qualidade/preço fora de série: custam 1,29€, não são tão macios como os Catrice mas estão ao nível dos Mac (ou dos Rimmel, abaixo), sendo que acabarão com as dúvidas de todo e qualquer um que não tenha a certeza se gosta de usar lápis de lábios: por este preço, não há que enganar, experimenta-se e logo se vê. Comecei pelos cor-de-boca, de que ainda hoje gosto particularmente, mas entretanto juntaram-se mais uns amigos à festa, como se descreve de seguida:
#04 Honey Bun | Cor-de-boca entre o malva e o acastanhado (gosto tanto deste que tenho dois exemplares).
#11 In The Nude | Cor-de-boca bege acastanhado com um toque rosa.
#09 Nude Coral | Coral clarinho.
#12 Wish Me a Rose | Rosa médio de fundo quente.
#06 Satin Mauve | Cor de rosa arroxeado (malva) lindo de viver.
#07 Cute Pink | Rosa queimado vivo.
#10 Femme Fatale | Vermelho neutro.
#08 Red Blush | Vermelho mais escuro de fundo frio.
#15 Honey Berry | Bordeaux arroxeado, o mais macio da dezena que tenho.
#24 Pretty in Fucsia | Na verdade, este é um kajal e não um lápis de lábios e veio enganado: é menos pigmentado e macio do que os outros, mas funciona lindamente nos lábios, sendo uma espécie de um cruzamento entre o malva e o fúcsia (tem claramente fundo frio).

Os Long Lasting Lip Pencil da Catrice, que descobri depois dos Essence, creio que numa ida à Schlecker (agora Clarel) aqui da rua, aproximam-se perigosamente dos meus lápis preferidos (Urban Decay e Clarins), por deslizarem como eles, à semelhança do que faz um lápis de olhos em gel. Custam mais 1€ do que os amigos Essence (2,29€), o que continua a ser uma pechincha. Só não creio que tenham uma selecção tão vasta de cores, mas posso estar a inventar, porque já não verifico há muito tempo. Fiquem com as minhas cores (e os nomes magníficos):
#020 Hey Macadamia Ahey! | Cor-de-boca acastanhado.
#100  Upper Brown Side | Cor-de-boca rosa queimado acastanhado (se alguém falar da Jenner  grito: este tipo de cores usam-se pelo menos desde os anos 90, tenham lá paciência mais a parolice).
#080 That's What Rose Wood Do | Cor-de-boca rosa velho a atirar para o malva.
#070 I Got You Babe | Cor-de-boca queimado a atirar para o coral.
#130 Prince Cherry | Vermelho-vermelho (sim, sim, a fazer lembrar o Cherry da Mac).
#030 Berryson Ford | Cor-de-vinho.
#140 Sweet Auberginia | Cor-de-vinho mais arroxeado e ligeiramente mais escuro.

Ainda hesitei em fazer constar os Lasting Finish 1000 Kisses Stay On Lip Contouring Pencil da Rimmel deste post mas a verdade é que, se por cá custam 6€ nos hipermercados que comercializam a marca, em Londres compram-se por £2 cada, em promoções de "3 for 2", como as costumeiras na Boots (o que os torna quase tão baratos como os meninos acima: £2 equivalem hoje a 2,70€). Estes vieram dos Estados Unidos, numa promoção qualquer na Cherry Culture ou da Beauty Joint, e ficaram assim ao preço da uva mijona, o que é genial, porque são muito bons: não tão macios como os Catrice, mas assim mais ou menos como os Essence e, sem sombra de dúvidas, a par dos Mac por que toda a gente suspira. As minhas cores são:
#004 Indian Pink | Um carmim (dos poucos que tenho por acaso, em lápis).
#061 Wine | Vermelho escuro acastanhado.
#071 Cherry Kiss | Bordeaux arroxeado.

De há uns meses para cá, não prescindo do lápis de lábios; normalmente, é coisa que nem chega a aparecer nas fotografias - sobretudo quando se trata de cores vivas ou escuras, tendo a aplicar o batom primeiro e a aperfeiçoar com o lápis depois. Já com os nudes, faço ao contrário: porque a minha linha natural de contorno não é tão bem definida como eu gostaria, desenho primeiro o contorno, preencho os lábios com o lápis (isto é algo que uso fazer sempre) e só depois aplico o batom. É algo que se torna ainda mais imprescindível com batons cremosos (mais "bailarinos") ou não opacos, porque lhes confere aquilo que eles não têm: durabilidade e cor (duas características que me são muito caras); para além disso, quando o batom, na sua cremosidade teimosa, vai à vida, fica a cor do lápis.
Vai daí? Olhem, não se arruínem que não vale a pena e mantenham os lábios janotamente, sim?

Treino em Casa #7 | Core (abdominais mas não só)

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Espanta-me a quantidade de gente que se queixa de "dores nos rins" (e o que querem dizer é mesmo "dores na lombar"), que decorrem, por vezes, apenas de um não fortalecimento daquilo que se chama universalmente o core e que nós, em português, temos a mania de traduzir por abdominais, sendo mais do que isso. Na verdade, inclui-os e, se os fortalecermos, estamos, por inerência, a proteger a lombar - e é isto que nos permite, por exemplo, levantar pesos sem lesões (desde que nos habituemos a contrair, sempre, a parede abdominal) - o que me foi de suprema importância quando tinha a Petra já muito doentinha, na recta final, numa casa com dois andares, a que se chega subindo, antes de mais, sessenta degraus: era preciso agarrar naqueles mais de trinta quilos de belezura e cá estava eu para o fazer, sem dores nem medos, justamente porque sabia que tinha um "centro" trabalhado (na altura, tinha personal trainer privada, a coisa estava mesmo janota) e pernas capazes de aguentar aquilo (os braços aqui interessam muito pouco: é mais uma questão postural e de força da cintura para baixo)
Paralelamente, dá jeito ter uma mãe que sempre me disse que os abdominais são para estarem permanentemente contraídos, quando andamos ou estamos a trabalhar e assim - segui-lhe os conselhos (mesmo porque ela nunca teve barriga) e a verdade é que, mesmo que deixe de treinar meio ano, eles cá continuam: mais fracotes mas nítidos.
Mas vamos ao que interessa: os vídeos que uso para treinar esta zona, tão determinante, e que faço questão que fique dorida umas três vezes por semana. De notar que o meu abdominal superior define com muita facilidade e também tenho os oblíquos janotas; o inferior sempre foi o meu calcanhar de Aquiles, é mais fraco, e é por isso nele que me centro mais, sempre que posso (às vezes levantando ligeiramente as pernas do chão quando estou a fazer abdominais tradicionais, por exemplo). Mas há treinos para todos eles e o ideal é combiná-los todos, sem descurar a postura (por favor, os abdominais não se trabalham com o pescoço ou com os ombros - e ainda dão cabo da cervical) e a ideia de que, quando achamos que não conseguimos mesmo mais, somos sempre capazes de mais um par deles. Juro. Concomitantemente, e embora nas modalidades de ginásio seja uma zona muito esquecida, gosto particularmente de tratar da saúde também à lombar, e há aqui coisas para isso também.

[Com isto, não esperem um six pack para desfilar na praia, boa? Quem tem esse objectivo, deve preocupar-se em perder a camada adiposa que não deixa ver os altinhos de que a malta parece gostar tanto. Para isso, comam melhor e pratiquem muito cardio. Muito. Corram, se gostarem, que é coisa muito eficaz, nesse campo. Depois, quando começarem a "secar" já podem ver a definição da coisa.]


Como vêem, há aqui de tudo - até um treino cujo aquecimento começa com umas murraças, para me pôr bem disposta (na verdade, atenção aos exercícios de abdominais e glúteos de Tae Bo, que são coisa poderosa). Há vídeos mais curtos e mais longos, há-os mais gerais e mais centrados em grupos de músculos mais pequenos, há-os combinados com trabalho de cárdio - enfim, para todos os gostos e necessidades. Porque meus amigos, enquanto houver um computador ligado à internet (e se estão a ler isto, é porque há) ninguém pode justificar o estar fora de forma senão com a vontade própria (ou falta dela, no caso). 
Bons treinos, sim? Prometo que volto com um último vídeo (ou dois, ainda tenho de ver se vale a pena separar), mais centrado no trabalho de braços (porque não há pior do que um bracinho flácido, que abana quando se diz adeus), costas, pernão e glúteos. Até lá, sim?

Glow Polished | O iluminador da Topshop

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É uma vergonha que, comprado este iluminador em creme da Topshop há mais de um ano, na Colette, em Paris, só hoje me tenha disposto a falar nele - e foi só porque, tentando hierarquizar as muitas entradas que tenho em rascunho, à espera que me apeteça falar sobre as coisas a que dizem respeito, me apercebei de que tenho pelo menos quatro iluminadores na fila, sendo que este era mesmo o mais antigo (e foi fotografado na altura, como comprova a qualidade fotográfica - hoje, o produto está já mais para baixo e menos propício aos retratos).
Não sendo a Colette o melhor sítio para comprar a linha de maquilhagem da loja britânica (entrar na Topshop de Oxford Street é bem mais elucidativo e tentador), a verdade é que a oferta mais reduzida é menos avassaladora e ter-me-á levado a fazer o que Londres nunca conseguiu: comprar (como dei conta à época). Na altura, para além deste Glow na cor Polished, veio também um bronzer, sobre que já escrevi e que considero ser perfeito para peles claras.
Mas avancemos, que o que importa hoje é este potezinho, que contém quatro gramas de um iluminador que, na embalagem (de vidro robusto e fosco, encimada por uma tampa branca a remeter para a imagem da marca), parece mais dourado do que de facto é: o resultado da sua aplicação na pele atira mais para o champanhe neutro e é perfeito para gente clara como eu, de subtom frio ou neutro - e batia de longe os companheiros Gleam (assim mais para o pêssego) e Sunbeam (dourado), ao menos na minha pele de Inverno, uma vez que só aguento aqueles tons mais quentes no Verão (e aí adoro-os).
A grande vantagem deste rapaz é que é de aplicação à prova de totós: sendo cremoso mas não excessivamente, é com muita facilidade que, mesmo com os dedos e usando a bela da técnica das batidinhas, damos aos pontos-chave do nosso rosto, quaisquer que eles sejam (para mim, o osso das bochechas e topo central do lábio superior) um ar de pele saudável, que reflecte a luz sem ponta de glitter e coisas esquisitas que tais - como se fosse pele a sério, mas com um upgrade. Evidentemente que, na fotografia lá de cima, a coisa foi aplicada à bruta para que se visse: imaginem aquilo mas aplicado com parcimónia e sensatez - é beleza, minha gente, muita beleza.
É, como outros iluminadores em creme que tenho, a forma perfeita de dar ao rosto dimensão e luz, sem cair no exagero pouco natural dos pós (gosto de muito poucochinhos) e, quanto a mim, a solução perfeita para o dia-a-dia: se o sol nos bater, não se vêem purpurinas mas tão só uma pele saudável e viçosa. Na minha pele seca, o menino aguenta umas quatro horas impecável, não mais - o que não é mau nem bom, é perfeitamente natural. A facilidade com que se aplica permite o retoque com muita facilidade, para quem se dispõe a carregar consigo alguns produtos de maquilhagem (o que nem sequer é o meu caso).
O melhor de tudo? O preço. Não sendo uma pechincha absoluta, a verdade é que as £9 por que é vendido no Reino Unido (ou 12€ online, para Portugal) por 4g que durarão muito tempo me parece perfeitamente sensato.
Coisa muito boa, esta.

Tenho as idades todas | Pensar é tramado #20

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É comummente (ou o que é o mesmo: por essa net afora) atribuída a Confúcio uma pergunta sobre que não encontrei qualquer evidência que seja de sua autoria mas de que gosto muito: que idade teríamos se não soubéssemos que idade temos? Penso muito nisto, porque cada vez tenho mais tempo para pensar em coisas - no sentido em que tenho mais tempo de vida do que tinha aos vinte, em que decididamente não tinha pensado em tantas coisas, porque ainda não era tempo delas. E, todavia, aos vinte, já tinha muito mais tempo de vida do que muita gente tem aos quarenta e menos, certamente, do que alguns têm aos quinze.
Creio que normalmente se acha estranho que as pessoas não ajam de acordo com determinada faixa etária, como se a idade devesse determinar quem somos ou o modo como nos comportamos (os anglo-saxónicos têm muito o critério do age apropriate, que me deixa ensandecida) - e eu sempre fui desajustada: aos treze pensava demais (e isso nunca me passou), aos quinze parecia (fisicamente) adulta, aos trinta comecei a parecer mais nova, aos quarenta tenho corpo de vinte e às vezes falo como se tivesse sessenta, para depois rir como se tivesse dez.
Ora isto é parvo. Eu penso e pareço e tenho o corpo e a voz de quem é quem eu sou, com a idade que tenho, na altura em que tenho (a idade muda a cada segundo): o meu corpo dos quarenta e quase dois tem quarenta (e um e meio), como o meu pensamento e o diabo - por que raio devo caber nas gavetas que os outros inventaram?

O bom da idade é que quantos mais anos vivemos, mais idades temos: eu tenho quase quarenta e dois, mas também tenho (porque já passei por lá) trinta e cinco, e cinco e quinze e vinte e trinta. Lembro-me de mim em cada uma dessa idades e não mudo porque os anos passam: só vivo mais e vão-se acumulando experiências e saberes e o aspecto vai-se modificando de acordo com o tempo e os cuidados e o sentido de gosto. Eu tenho as idades todas, dos zero aos quarenta e um e meio - e por isso tenho sempre de pensar um bocadinho quando me perguntam que idade tenho.
E foi por assim que finalmente descobri o segredo daquelas gentes que, quando eu era miúda, eu achava que eram bestiais porque eram pouco adultas. Não eram: elas também eram adultas e também tinham a minha idade. E agora é a minha vez de ter as idades que me apetecer, quando cada uma delas for invocada, sem nunca deixar de ter 41.
Vão-me desculpar mas deve haver poucas coisas na vida tão espectaculares como esta.

[Nota, só porque eu sei que não dormem se eu não deixar isto bem claro: Satchel Paige foi um basquetebolista norte-americano que viveu entre 1906 e 1982 e eu não o conhecia antes de encontrar esta frase deliciosa.]


Kiko | A paleta de 24 cores [CLICS] System (actualização)

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Já era tempo de vir aqui partilhar esta menina: falo da minha paleta [CLICS] System, da Kiko, de vinte e quatro cores (24, minhanossassinhôra) tal como fiz quando descobri estas bebés, em Outubro último. De resto, reitero todo o encantamento que manifestei então e, como seria de esperar, C&C que é C&C não poderia ficar-se por ali, pelo que fui comprando mais umas e outras ainda em 2014 e, já este ano, em pleno ano em compras presentes de amigas para lá de fixes ajudaram-me a completá-la (com direito a muita troca, porque era difícil acertar simultaneamente nos meus gostos e no que eu ainda não tinha). Ainda por cima, numa dessas ocasiões, já em 2015, uma das compras deu direito a uma paleta de 24 espaços excedentária (eu tinha uma de nove) que me foi oferecida também (curiosamente, acabei por fazer o mesmo com outras duas amigas, que ficaram com bastantes espaços por preencher).
E foi assim que, em meados de Janeiro, eu tinha esta coisa maravilhosa - e, se não tivesse quaisquer outras sombras, já ficaria aqui com material para muita brincadeira, mesmo porque estas sombras da Kiko mais recente são de uma qualidade extrema, para esta gama de preços (a maior parte das sombras foi comprada com desconto valente, não me lembro se a 2,49€ ou 2,99€ por cada cor de 2g, que é sombra que nunca mais acaba). De resto, cada vez mais as marcas mais baratas estão a colocar-se a par, em termos de qualidade, com as marcas mais caras - não necessariamente em produtos de tratamento ou mesmo de preparação de pele, mas no resto sim.
Como já dissertei imensamente sobre a qualidade (absolutamente surpreendente, para mim, que até há pouco mais de um ano só comprava na Kiko coisas de edição limitada, e se em saldos) das bebés no tal post de Outubro, cabe-me apenas explicar a grande confusão que para ali vai na tampa da paleta: cada sombra vem com um autocolante que pode ser destacado e colado no interior da tampa, de modo a que não precisemos de tirar as sombras do sítio para lhes confirmar a referência de cor. E tenho isso tudo direitinho, mas não me bastava, porque não sou janota a decorar números (não fixo o que não tem significado, para mim); vai daí, estive pacientemente no site da Kiko, a transcrever o nome que a marca dá a cada cor (mas não inscreve nas embalagens, não entendo porquê) para uns post-its, que também ali colei, a que recorro sempre que tenha de me referir a elas.
E é muito isto. Vamos ao deslumbre das cores?

Comecemos pelas duas filas superiores (primeiro à esquerda, depois à direita), sendo que o critério segundo o qual as arrumei há-de ter tido carradas de lógica na altura, mas não o seu reproduzir: foi o que me cheirou bem, pronto.

Então lá em cima temos as seis primeiras cores, que passo a apontar:
#200 Pure White | Marfim mate (tão cremoso que parece acetinado).
#222 Mat Rose Pearl | Cor de pele (mais clara do que a minha) rosada.
#203 Beije Satin | Bege de fundo amarelo acetinado.
#272 Pearly White | Branco-branco acetinado mais brilhante.
#226 Mat Coral Rose | Coral mate (como não amar?!).
#210 Satin Brick | Castanho alaranjado entre o mate e o acetinado.

Depois, no segundo conjunto (ainda nas duas filas de cima, mas à direita):
#214 Mat Desert Sand | Adoro este castanho médio quente.
#204 Mat Apricot | Laranjinha claro, capaz de apimentar muito look.
#240 Mat Dark Taupe | Toupeira acastanhado mate.
#215 Sparkling Brown | Castanho médio a escuro neutro com brilhinhos dourados.
#235 Mat Chocolate | castanho avermelhado, terra (lindo!) mate.
#241 Pearly Taupe | Como não amar um toupeira brilhante sem purpurinas?

E passemos para as filas de baixo, onde moram as sombras mais coloridas da paleta - muito poucas, porque tendo a usar coisas mais neutras, mas as bastantes para que possa divertir-me de quando em vez, não aguento monotonia.

Comecemos lá por cima, pelas sombras à esquerda das sitas nas duas filas de baixo.
#223 White Pearly Rose | Sombra iluminadora champanhe rosada.
#236 Pearly Champanhe | Champanhe escuro, a atirar para o dourado frio.
#217 Satin Ebony | Castanho médio quase-mate, de subtom quente.
#246 Pearl Dark Wisteria | Toupeira com muito roxo e um brilho lindo.
#250 Mat Grapes | O verdadeiro roxo: dará (também) um eyeliner magnífico!
#293 Starry Black | Preto com purpurinas muito mini, em azul royal.

E, finalmente, temos o sexteto que mora mais à direita:
#244 Pearly Orchid Violet | Um cor de baga quente, com carradas de brilho.
#243 Satin Dark Burgundy | Claro que tinha de haver um beringela a morar algures.
#287 Satin Taupe Grey | Toupeira mais atirado para o cinzento, de acabamento acetinado.
#281 Satin Light Blue Denim | Não escolheria esta cor, se calhar, mas adoro este azul-piscina de paixão.
#270 Pearly Fern Green | Verde escuro de acabamento brilhante e sem purpurinas.
#242 Mat Dark Brown | Castanho neutro escuro, de acabamento mate.

A verdade é que todas estas 24 sombras são de uma qualidade incrível, que eu, preconceituosa, jamais pensei encontrar na Kiko, sobretudo porque tive experiências péssimas com as sombras da gama permanente da marca, já há uns anos. Mas eles souberam encontrar a fórmula (quasi) perfeita e, ainda que não possa atestar com rigor absoluto a qualidade das mais de 90 cores disponíveis, a verdade é que julgo possuir amostra bastante (e diverisificada, tanto em termos de cores como de acabamentos) para tirar conclusões. A Kiko rocka, pronto, e aconselho vivamente toda a alminha que goste de sombras de qualidade a passar-lhes a mão - dificilmente se livrarão de trazer umas quantas agarradas, para irem morar convosco (assim a certeira ajude). É que os mates são de muita qualidade, os acetinados e perlados têm um brilho lindo e há algumas cores com brilhos deveras originais.
Agora só (me) falta tornar estas pequenas protagonistas de uma semana qualquer, para que as explore como deve ser.

Filmes #114 | The Duff & Black or White

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Já o disse e repito-o: quando alguém tem a minha idade, também tem a adolescência dentro e não é porque pertenço a outra faixa etária que deixei de me interessar por filmes sobre adolescentes - já viram o enjoo que era se só procurasse coisas que me dessem a ver gente igual a mim? Blherc. Vai daí, quando li sobre The Duff (2015), título que remete para um neologismo norte-americano (pelo menos entre os adolescentes do filme, não faço ideia se é usado de facto) que aponta para aquele ou aquela que, num grupo de amigos, é o ou a mais feiosa, ou tido/a como tal (e, por isso, a ponte para se chegar aos mais populares e giros), soube que queria ver aquilo. De resto, a adolescência é um bicho que nunca sai da gente por completo e, volta e meia, regressa, com mais ou menos força, dependendo daquilo que escolhemos tornar-nos e do que a vida fez de nós (ambas as variáveis estão presentes em todos, em maior ou menor grau, uma mais do que a outra, sei lá). Por isso, ver um filme bem interpretado (Mae Whitman é credível até dizer chega), a remeter para os muitos que, nos anos 80, me preencheram a vida, no VHS que entretanto chegou cá a casa, foi uma delícia. Não sei se será um filme para todos, mas é-o certamente para quem, tenha a idade que tiver, não se esquece de quem é e de quem foi (e eu nunca fui uma Duff nem a popularóide, era a estranha com sotaque esquisito que se dava com gente de todo o tipo, porque já nessa altura desdenhava grupinhos, gostava de música que ninguém conhecia e era mais alta do que a maioria dos rapazes; bem lá no fundo, e embora ninguém o dissesse, era também a que não tinha a certeza se podia ser quem era - ou nem seria adolescente como deve ser). Porque, com mais ou menos internet, mais ou menos acesso ao conhecimento, mais ou menos gente a usar o Youtube para alcançar a "fama" (tudo isto é retratado de forma airosa e descomplexada, sem nunca roçar a idiotice costumeira), a essência do ser humano é o que é, agora ou há vinte e tal anos: e nem sempre é coisa boa.

Black or White (2015) não tem recebido as críticas mais simpáticas por esse mundo fora - mas tenhamos em consideração que eu raramente estou de acordo com os críticos -ou melhor, até posso concordar com a tese sobre o filme, mas poucas vezes advogo as razões que a sustentam. E isto porque sou uma leiga, porque não domino os critérios de análise que a crítica invoca e porque, como em relação à maquilhagem ou skincare, sei do que gosto e não gosto e sei quais as razões que me fazem gostar ou não, mas não vou para além disso (nem tenho de ir, não podemos ser todos experts em tudo, a la Prof. Marcelo). Tudo isto para introduzia a minha opinião sobre este filme que junta Kevyn Cosner e Octavia Spencer como protagonistas de um filme que relata a luta pela custódia de uma criança, não entre pais mas entre avós. Ele é Elliot, o avô paterno, advogado endinheirado,a quem acaba de morrer a mulher num acidente de automóvel (a primeira cena, no hospital, sem sangue nem palermices, agarrou-me de imediato) e que fica sozinho com a neta, cuja mãe era menor quando morreu, ao dar à luz, absolutamente desapoiada, pois fugira com o escroque que a engravidou. Ora a mãe desse escroque é justamente Octavia Spencer, a avô WeWe (de Rowena), que considera que a menina (Eloise) deve ter contacto com as suas raízes afro-americanas (por parte de pai) e resolve levar o assunto a tribunal, o que justifica também pelo facto de Elliot andar a beber que nem uma esponja. E claro que a trama, a dada altura, resvala para o preconceito racial (que é bem tratado, ainda assim) e mais uma série de clichés - mas tudo isso se esquece com a prestação dos actores: Octavia Spencer é um portento no papel da matriarca que subiu a pulso, Kevyn Costner está melhor do que nunca, a menina (Jillian Estell) é deliciosa, e os secundários Anthomy Mackie (o irmão de Rowena, advogado de sucesso que soube conquistar o seu lugar ao sol mas verga perante o olhar da irmã), André Holland  (o pai da menina e filho de Rowena, drogado empedernido) e Mpho Kohao (no estupendo explicador de matemática, piano e motorista, que já escreveu mais papers que um catedrático) são brilhantes. Gostei e que se lixe a crítica.

Protagonistas e looks da semana #7 | Nars

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Porque sabia de antemão que esta seria uma semana em que usaria pouca maquilhagem, escolhi fazer protagonista a Nars, que é uma marca que espoleta (e não "despoleta", vale?) em mim sentimentos contraditórios: adoro os batons em lápis (sobretudo os mate), gosto do corrector (e gostei da base de sombras, que entretanto se finou) e até da sombra em creme, mas não percebo a loucura com os blushes e as sombras tradicionais, de todo (acredito que os Dual Intensity, recentemente lançados, sejam outra conversa): têm cores bonitas, sim senhores, mas não são nada de especial em termos de qualidade. Enfim, há marcas que têm uma espécie de aura que ultrapassa essas "minudências" e tudo parece prevalecer sobre o que de facto importa (pelo menos para mim) - e até nisso é giro perceber como o sentido crítico evolui: no início, queria conhecer a marca a fundo e achava tudo o máximo. Agora, depois de tanta coisa conhecida, tendo a ser menos tolerante com estas falhas por parte de marcas de gama alta.
Bom, mas o que importo agora é o que se vai usar esta semana, para o que trouxe a ver a luz do dia as minhas duas paletas da marca e mais umas coisas. Assim:
- The Happening Eye & Cheek Palette | É composta pelo bronzer Laguna, pelo blush Orgasm (dois ex-libris da marca que não me aceleram o coração nem um nadinha: sobretudo o blush, que está pejado de brilho dourado e salienta tudo quanto é poros, mesmo os inexistentes) e por quatro sombras: a Starry Night (que seria um simpático champanhe com brilhos dourados, se tivesse alguma pigmentação para além do brilho), a Gstaad (um dourado escuro metalizado a atirar para o toupeira, bonito e bem mais pigmentado), a Kuala Lumpur (um beringela lindo mas com demasiado brilho dourado) e a Coconut Grove (um castanho escuro mate);
- And God Created The Woman Palette | Esta foi muito desejada por mim e é um nadinha melhor do que a mana acima, mas ainda assim está muito longe de me encher as medidas; no entanto, na altura foi uma oportunidade genial de conhecer mais sombras da Nars, de ter o lápis de olhos #3 (que custa uma fortuna) e um tamanho de viagem do primário de sombras Smudge Proof (muito janota, supostamente genial para pálpebras oleosas). É composta por seis sombras, a saber: Alhambra (champanhe rosado metalizado, com boa pigmentação), Belíssima (toupeira com ínfimos e perfeitamente dispensáveis brilhos dourados, de textura algo seca), Kalahari (um bronze rosado muito metalizado, para mim a melhor e mais bonita sombra da paleta), Galapagos (castanho quente mate, pejado de brilhos dourados, que disparam para todo o lado), Coconut Grove (sim, o mesmo da paleta The Happening, com a agravante de que foram duas paletas de edição limitada lançadas na Primavera de 2013...) e Night Clubbing (um preto mate com purpurinas douradas, bem pigmentado);
- Powder Blush em Deep Throat | Quanto a mim, coisa muito mais bonita do que o mano famoso (o Orgasm), trata-se de uma espécie de versão mais discreta daquele: um rosa acoralado clarinho, com brilhos dourados, mas mais pequenos e em menor quantidade. (O meu é um mini, recebido na compra já não sei de quê, na HQ Hair);
- Radiant Creamy Concealer, na cor Custard | Gosto muito deste corrector da Nars, que comprei mal saiu na minha cor de Verão (não foi propositado, confesso). Assim, e com o Secret Concealer da Laura Mercier (e o Fake Up da Benefit da cor Medium, mas esse já se finou), é um dos meus correctores de Verão, altura em que escureço muitos tons, se conseguir ir à praia tanto quanto gosto (no ano passado foi muito difícil: o tempo esteve uma treta e eu não saí do Porto), mesmo com SPF 50 e 30. Por isso, e por ter sido usado dois Verões a fio, está mesmo, mesmo no fim, algo por que só agora dei conta; ora como no da Laurinha também já se vê o fundo, parece-me que não acabo o Verão sem ter de comprar outra coisa de cor parecida - ou não, porque uso tão pouco maquilhagem em férias que pode ser que dê;
- Eye Paint Coleur Multi-Fonctions Pour Les Yeux, em Iskandar | Oiço pouco falar destas meninas, mas adoro este dourado escuro, a atirar para o bronze, carregadinho de pigmento e de brilho, a que me atiro sobretudo no Verão;
- Batons vários: o Fire Down Bellow é um Demi-Matte e é um vermelho escuro mais aberto do que o Diva da Mac; depois, dos Velvet Matte Lip Pencil tenho o Dragon Girl (um carmim fantástico), o Red Square (um laranja avermelhado), o Bettina (um rosa queimado acastanhado algo metalizado) e o Dolce Vita (um vermelho acastanhado e apagado, que é só o meu cor de boca preferido de sempre); finalmente, tenho dois Satin Lip Pencil: o Isolla Bella (cor de boca alaranjado) e o Lohdi (um coral muito bonito).
- Brow Perfector em Salzbourg | Não foi incluído na fotografia mas é o que tenho usado para preencher as sobrancelhas e palpita-me que não irá muito para além desta. Nunca foi produto que me impressionasse por aí além (gosto muuuuito mais do lápis de sobrancelhas da Essence): apesar de ter uma cor perfeita, é demasiado dutro e chato de trabalhar - e por isso estou a ver se lhe faço a folha de vez,

E é com estes bebés que brincaremos esta semana, mesclados com outras coisas boas, das poucas vezes em que tivermos de nos maquilhar (trabalharemos a partir de casa, o que é uma seca durante muito tempo mas, se só por uma semana , pode saber pela vida).

Domingo| Era Dia da Mãe e a ocasião consistia em ir ali num instante ao Terrella, dar a conhecer à progenitora aquele que é considerado um dos melhores brunches em regime de buffett do Porto - e seria, não foram as criancinhas aos guinchos a corre por todo o lado (não só no dia da mãe como, pelos vistos, sempre), algo de que nem uma marcação feita mais cedo do que permite a religião nos safou. Mas pronto, os comes estavam bons como de costume, ainda que não se justifique a subida de 1,50€ pela ocasião especial, que ao telefone me disseram ser devida ao dia em causa e a uma carta especial que haveria - foi treta, tudo era igual a sempre, o que irritou ligeiramente, mas vá, passemos mas é à maquilhagem. Porque queria usar a paleta The Happening, que inclui sombras, bronzer e blush, não havia muito que pensar: preparei a pele com coisas que me foram fantasticamente dadas (falo do BB Crème da YSL e do corrector da Urban Decay) e verifiquei que o meu Radiant Creamy Concealer está mesmo a dar as últimas (tenho-o na minha cor de Verão e estava querer misturá-lo com o BB para um nadinha mais de cobertura mas mal consegui extrair o que quer que fosse do tubo - isto acontece porque só tinha três correctores na minha cor de Verão, em 2014 acabei com o Benefit, pensei que o Laura Mercier seria o seguinte mas é o Nars que está a finar-se e não chega ao final da semana). Na cara, depois de finalizar tudo com o pó Dim Light da Hourglass, aqueci a tez com o Radiant Light e iluminei-a com o Incandescent Light (magnífica, a paleta da Hourglass); depois, usei o Launa (bronzer) para marcar um nadinha as maçãs do rosto e o Orgasm (blush) para lhe dar cor. Complementei tudo com o Satin Lip Pencil em Lohdi, que tem uma cor muito parecida com a do blush e, nos olhos, depois de uma base feita com a Colour Tattoo em On And On Bronze, usei a Night Star como base (é a mais clara da paleta e já me esquecera de como é fraquinha: quase só glitter, que cai por todo o lado) e, como não fiquei satisfeita, passei à Gstaad, que apliquei por toda a pálpebra móvel, deixando o canto externo para a Kuala Lumpur. Esfumei tudo com o Laguna e usei a Cocunut Grove para fazer um eyeliner desleixado e o pó Radiant Light para iluminar o arco da sobrancelha e canto interno. Na linha de pestanas inferior, repliquei o que se passou em cima: Gstaad e  e Kuala Lumpur. Escureci a linha de água superior com o lápis da NYX, apliquei a Better Than Sex no pestanâme (não funciona comigo, está muito longe de ser uma favorita) e pronto.

Quarta-feira | Neste dia o sol brilhou (depois de muitos outros em que o Inverno parecia querer regressar, o safardana) e, só por causa disso, apeteceram-me cores daquelas que raramente uso fora do Verão: laranjas e dourados. Antes de mais nada, usei o  corrector da Clarins, de que não gosto especialmente na função para que foi produzido, não apenas como corrector mas também como base, para o que lhe misturei só um poucochinho do meu hidratante da Filorga, o Hydra-Filler (para a cobertura ser mais leve). Depois, escolhi, para os lábios, o Velvet Matte em Red Square, um vermelho claramente alaranjado, que fica muito melhor na minha pele morena mas nem quis saber - estes batons em lápis são fantásticos, muito pigmentados e super mate, como esta vossa criada gosta. Nas bochechas, pus um nadinha do Deep Throat, que é coisa muito neutra e que marcha com tudo quanto é maquilhagem (o Orgasm, o meu outro blush da Nars, emparelharia um nadinha melhor com o batom, mas era dia e estava sol, dispenso aquela purpurinada toda muito obrigada, nestas circunstâncias). Nos olhos, coisa  muito rápida e fácil de fazer: defini primeiro o côncavo e o canto externo com o Belíssima, um toupeira que funciona bem como cor de transição e, depois, apliquei a sombra em creme em Iskandar por toda a pálpebra móvel. Depois, por cima dela, usei a Kalahari (a minha sombra preferida da paleta, tanto em termos de qualidade como de cor), um bronze a cair para o rosado, que cortou o amarelo esverdunçado da Eye Paint. Usei o Galapagos para definir o canto externo, puxando-o também para o início da linha inferior de pestanas. No meio da linha inferior de pestanas usei o Kalahari e, no canto interno, para iluminar, o Alhambra. Depois defini a linha de pestanas superior com uma mistura do Coconut Grove (menos) com o Night Clubbing (mais) e carimbei a llinha de pestanas inferior com o Coconut Grove, para dar mais definição. Passei a Better Than Sex nas pestanas (a fórmula está melhor, mas aquela escova... blherc!) e saí toda contente por ter usado todas as sombras da paleta (cada louco com a sua mania).

Sexta-feira | No final de uma semana passada quase inteiramente a trabalhar em casa, eis que se avistava o fim-de-semana, antecipado por um almoço de sushi com alguns dos amigos do costume, pelo que tratei de fazer uma coisa muito simples, só para ir ali comer e dar mais umas voltas e vir já (porque a bem dizer já não saía há demasiado tempo). Escolhi usar aquele que é oficialmente um dos meus cores de boca preferidos, o Velvet Matte Lip Pencil da Nars, em Dolce Vita (que é assim um cruzamento entre o laranja e o castanho claros, discreto mas lindo) e, nas bochechas, outra vez o Deep Throat: tinha a pele bem iluminada, porque misturei as Lustre Drops da Mac com o meu BB da Holika Holika e não queria cá as purpurinas do Orgasm a estragar tudo (adoro uma pele que reflicta a luz, mas odeio glitter, caramba). Os olhos também se fizeram em 5 minutos: usei a paleta And God Created The Woman  escolhi o Alhambra (a cor mais clarinha, o tal champanhe rosado de que gosto tanto) para aplicar na pálpebra toda, usando o Kalahari (a tal que é a minha sombra favorita de todas as Nars que tenho: um bronze com um toque de rose gold) no canto externo. Depois esbati tudo com o Laguna (o bronzer, presente na paleta The Happening), que também usei na cara (em parquíssima dose) e para definir a linha de pestanas inferior, passei máscara (e vejam, apesar das fotografias desfocadas, como a da Maybelline funciona muitíssimo melhor nas minhas pestanas do que a famigerada Better Than Sex, que constitui uma das maiores desilusões de sempre, para mim) e saí a correr, que prioridades são prioridades e quando é para comer a pessoa tem sempre pressa.

Unhas #63 | Urban Decay

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Não tenho muitos vernizes da Urban Decay, mesmo porque não é produto em que a marca aposte grande coisa, sendo que todos os que possuo foram comprados nalgum saldo da Sephora - o tamanho normal no Verão passado e o conjunto de seis miniaturas creio que no Inverno anterior. Dito isto, tenho muita pena que a UD não desenvolva mais cores porque, a aferir pela amostra, teria mercado: os tons são magníficos (sobretudo para quem gosta de metalizados: só há aqui uma cor sólida e, não sei se por acaso, é de qualidade mais fraca) e inclusivamente originais (o que não é, de todo, fácil, dada a profusão de marcas de vernizes no mercado), os acabamentos são deslumbrantes e a pigmentação maravilhosa. Passemos, portanto, ao desfile.

O Blitz é assim uma espécie de cruzamento entre dois vernizes da Chanel (que, obviamente, também cá moram - de outro modo, não poderia estabelecer a comparação, apesar de me deparar bastas vezes com analogias do género, feitas "de ouvido"): o Alchimie e o Péridot - trata-se de um verde seco como o primeiro, mas com mais dourado, o que o torna mais próximo do segundo. Em termos de qualidade e pigmentação, fica absolutamente opaco e rico em duas camadas, embora considere que beneficie muito da aplicação de um top coat bem glossy, o que também não é estranho vindo de um metalizado. Ah, e é daquelas cores que rocka todo o ano.

O Crash + Burné só o meu verniz preferido, de entre os que tenho da Urban Decay, não necessariamente por causa da cor (que também adoro: trata-se de um cobre escuro com reflexos dourados que é de tirar o fôlego) mas principalmente devido à sua fórmula absolutamente extraordinária: este é dos poucos vernizes que tenho no meu ajuntamento (contam-se pelos dedos de uma mão) que eu era capaz de usar só numa camada - não o faço, claro, que as manias têm destas coisas, mas poderia, tal é a sua pigmentação. Divino e super fácil de aplicar.

O Blusky Blonde prometia: é um azul petróleo muito escuro, quase preto, que fica lindo - mas requer uma paciência de Job, porque só lá para a quarta camada é que fica verdadeiramente opaco, como e quer. Ainda por cima, este tom de azul assenta que nem ginjas na minha cor de subtom neutro, a atirar para o frio , mas de cada vez que o uso relembro-me de todos os inconvenientes que tem - é, sem dúvida, o elo mais fraco da turma.

O Fringe (que já veio sem rótulo, coitadinho) é um verde garrafa metalizado muito árvore-de-Natal, nas eu cá uso-o mesmo quando me apetece.  Aqui, somos regressados à qualidade da Urban Decay (ao menos nos vernizes metalizados e com glitter, porque a única cor sólida que tenho, o azul acima, não peca por excesso dela), ao brilho, à pigmentação e à facilidade de aplicação.


O Delinquent é um roxo lindíssimo, de fundo frio mas com micro-brilhos fúcsia, que só se vêem bem no frasco (ou quando o sol ou outra luz forte incidem sobre a superfície das unhas) e, nas mãos, proporcionam um brilho ímpar. Há, no entanto, um probleminha: a aplicação não é absolutamente uniforme e só com três camadas conseguimos a opacidade total (aquela que é garantida quando posicionamos a mão contra a luz e não há cá zonas mais transparentes nas unhas). De todo o modo, o resultado é tão magnífico que nem me chateio muito.

Aqui está uma cor a que as fotografias não conseguem fazer jus (também porque eu não tenho uma lente que o proporcione - nem vou ter): o Hellbent é um vermelho bem aberto, já muito acoralado, que tem carradas de brilhos muito fininhos dourados (o que o torna alaranjado, sob determinados ângulos) e que é uma bomba em pele morena. Claro que, para já, o que temos é esta minha cor acinzentada, mas dêem-me uns meses e rocká-lo-ei (outras vezes) em mãos mais escuras e douradas, que é onde ele assenta bem. Fica perfeito em duas camadas e é facílimo de aplicar.

Há poucos vernizes cá em casa que me encantem tanto como este Addiction, da Urban Decay. Desde logo, pelo frasco: a tampa tem uma caveirinha em cima, pêlamôrdassanta, vamos lá ver se nos entendemos... Depois, porque se trata de um verde seco tão pleno de brilhos dourados e prateados (finíssimos, super elegantes) que às vezes dou comigo, deleitada, a olhar para as mãos. É assim uma coisa muito especial, que ainda por cima é de fácil aplicação e fica lindo em duas camadas.

Too Faced | lápis de olhos perfeitos

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Permitam-me um exercício laudatório em torno daqueles que eu considero os mais magníficos lápis de olhos de gama média à venda em Portugal - e de que, curiosamente, pouco ou nada oiço falar por aí, o que só confirma, tristemente, a minha teoria de que a mala vai em grupos (literalmente) e não arrisca a descobrir o que quer que seja de que não tenha ouvido antes grandes elogios às amigas ou (o que vai dar no mesmo, para a maioria) às suas bloggers e youtubers de referência (e deusnoslibre de olhar para além disso, que é capaz de ser pecado).
Falo dos Perfect Eyes Waterproof Eyeliner, da Too Faced (que é uma marca por que não morro, de todo, de amores - e não há assim o que quer que seja que me encante em absoluto, com esta excepção), que dão muitos a zero aos vizinhos Urban Decay, nas Sephoras nacionais, em termos de fórmula: a pigmentação, facilidade de aplicação e durabilidade são infiniamente melhores e, quanto a mim, só pecam por não ter mais cores. As que têm todavia, são lindas e só não tenho todas porque não calhou antes do ano sem compras.
O meu primeiro exemplar destes rapazes foi comprado, algures em 2012, na Asos - e a coisa calhou acontecer: queria comprar lá três máscaras da REN (nunca fui de enlouquecer com escolhas: queria as três, que viessem as três) porque havia uma promoção qualquer, e mais uma paleta da Stila e tal, mas havia qualquer coisa que os tipos não estavam a enviar para Portugal, pelo que pedi a uma amiga que lá morava que mas recepcionasse. Para a entrega ser feita a tempo da próxima vinda dela (de outro modo, teria de esperar mais um mês), quis subir a quantia total da encomenda, para que tivéssemos direito a uma next day delivery absolutamente grátis - e foi assim que o Perfect Navy se tornou o meu primogénito. 
Fiquei absolutamente encantada com a maciez (de que, na Urcan Decay, só o Persuasion se aproxima), a fazer lembrar as fórmulas de gel como o SuperShock da Avon, e que agora têm paralelo, por exemplo, nos lápis Pixi ou mesmo no Terrybly da By Terry (aqueles mais em conta, este mais carote - mas todos moradores desta nobre mansão).
Mais tarde, creio que no último trimestre do ano passado, adoptei mais dois rapazes, o Perfect Black Orchid e o Perfect Peackok (sendo que este até apareceu como protagonista de um dos meus pendantsmenos óbvios) - e, assim, já posso atestar a qualidade do produto em geral e não de uma cor em particular: são excelentes sim senhores e já li coisas boas sobre o preto também (e só não comprei porque a dezena de pretos que cá moram dar-me-ão para uma vida, uso-os pouquíssimo.
Assim, o que temos em termos de cores é:
Perfect Navy | um azul marinho maravilhoso, sem brilhos mas não absolutamente mate;
Perfect Black Orchid | um roxo com reflexos pretos que é, sem surpresas, o meu preferido;
Perfect Peakock | um azul petróleo a umas luzes, tília a outras, coisa absolutamente deliciosa.

Só não consigo atestar a veracidade da pretensão de serem à prova de água porque não tomo banho maquilhada, não suo maquilhada e raramente choro maquilhada (só mesmo se estiver muito distraída) mas recomendo vivamente que, quando passarem numa Sephora, permitam que estes meninos vos deslizem na mão: mal precisam de tocar na pele e a cor que imprimem dura, nos meus olhos, até que eu decida removê-la. Estes rapazes têm um aplicador em esponja bastabne firme e de formato diagonal, na outra extremidade, que permite redesenhar o risco, aperfeiçoá-lo ou estendê-lo (o que raramente faço, porque prefiro pincéis, mas é bom saber que ele está ali, para o caso de ser preciso).
Os Perfect Eyes da Too Faced custam normalmente 19,50€ (o que não é mau) e ficam quase 4€ mais baratos, se apanhados numa das costumeiras promoções de 20%.


[Já agora, atentem nos novos lápis da Kiko, os Intense Colour, de que mostrei umas cores lá no Facebook em destes dias: têm esta mesma consistÊncia de gel, pigmentação soberba e agarram à pele que nem loucos - vi-me aflita para tirar as cores da mão, só com uma toalhita, já fora da loja e sem bifásico à mão. O melhor de tudo é que custam 5,90€ e até têm uma cor muito próxima do Perfect Peackok!)

Filmes #115 | The Babadook & Escobar - Paradise Lost

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Comecemos por Escobar Paradise Lost (2014), um filme em que estava há séculos para pegar mas ainda não me tinha apetecido, vá-se lá saber porquê - mas palpita-me que foi porque sei que me vou incomodar com a constatação do óbvio: o ser humano tende a não ser grande rês ou, pelo menos, é capaz de atrocidades tais que nem me apetece pensar nisso. Mas tinha de ser, não ia deixar passar e lá tratei do assunto. Tudo começa quando, na Colômbia de final dos anos oitenta do século passado, um jovem canadiano, que foi com o irmão para ali para viver uma vida de praia e surf, conhece uma mulher por quem se apaixona perdidamente (o que é filmado de forma bastante ingénua e melosa, diria eu). Problema 1: ela é sobrinha de Pablo Escobar, à época adorado pelo povo em geral, porque lhes dava dinheiro vivo e construía clínicas e bairros para que todos tivessem tecto. Problema 2: todo o dinheiro que permite ao senhor ser este mãos-largas advém do comércio de cocaína, o que é, inclusivamente, do domínio público. E enquanto a coisa é tacitamente aceite pelo Governo, tudo bem; o problema dá-se quando Escobar se torna  formalmente um criminoso e desencadeia uma guerra (não é eufemismo) contra as forças do poder, sendo que tem, na verdade, polícia e povo do seu lado. Nick, o canadiano, vai-se apercebendo de tudo paulatinamente e, quando dá por isso, já está mais enredado na teia de Escobar do que pensava ser possível - e o interessante nisto, para além do conhecimento da história recente, é observar o modo como Benicio Del Toro veste a pele ao lendário barão da droga (é interpretação de Oscar, quanto a mim); na verdade, aquando das cenas sem ele, dei por mim desejosa que aquele escroque voltasse depressa, tamanho é o show de representação - mesmo porque não há aqui diabolizações e não se esconde o lado humano do criminoso. O resto é um filme que eu diria de acção e tensão, que se vê muitíssimo bem, embora (obviamente) se lhe "adivinhe" o fim.

The Babadook (2014) foi coisa que só vi por conta do Nuno Markl, que partilhou o trailer do filme, adjectivando-o como um dos melhores que já vira sobre o que é isso de ser mãe e, simultaneamente, um dos mais arrepiantes filmes de terror dos últimos anos. Ora eu, que me interesso pela humanidade em geral (incluindo mães, obviamente), fiquei ainda mais agarrada à segunda parte do elogio, porque pelo-me por um bom filme de terror, algo que é quase tão difícil de encontrar como uma empregada de perfumaria que perceba de facto do que vende: existem, sim, mas não são fáceis de descortinar - e a maioria são um absoluto insulto à inteligência (falo dos filmes, agora mas poderia não ser). E digo-vos uma coisa: amiguinhos que gostam tanto do género como eu, não percam isto, pelo amor da santa, que é coisa muito boa. Ainda por cima, a realizadora é uma estreante, esta é a sua primeira obra e viu-a, desde logo, aclamada em Sundance e pela crítica em geral - como todo o mérito. A estória conta-se em duas penadas: começa com um pesadelo (literal, dos que se têm a dormir) da protagonista Amelia, que nos remete para uma situação ocorrida há sete anos atrás, aquando da sua ida para o hospital, com o marido, para ter o filho - nesse dia, em que chovia fortemente, houve um acidente, no qual o marido morreu. O filho, portanto, nasceu no dia em que o pai morreu, sendo que a morte aconteceu (ao menos indirectamente) por causa do nascimento - o que é determinante para que se percebam todos os demónios que vivem dentro daquela mulher, que por vezes não sabe como lidar com Samuel, a criança mexida, criativa e hipercinética, que não a deixa dormir com a sua perene luta contra monstros imaginários. É justamente ele que dá a conhecer à mãe um livro que ela não sabe de onde veio, que fala de um homem, Mr. Babadook e da sua nefasta influência, caso lhe seja franqueada a entrada em casa - e a partir daí, o filme acelera e nunca mais pára. Há terror do inteligente, há um thriller psicológico poderosíssimo e há, quanto a mim, a certeza de que precisamos de mais coisas assim.

Urban Decay | O novo corrector Naked Skin

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Prometi que o faria e aqui está ele: às vezes, demoro a escrever sobre as coisas, porque não tenho a certeza dos seus efeitos ou não consigo fazê-las funcionar desde logo (e há que fazer muito mais experiências), mas o Naked Skin - Weightless Complete Coverage Concealer da Urban Decayé um produto descomplicado, a que não é difícil tirar a pinta.
Francamente, não estava à espera de poder testar este produto tão cedo, dado o meu ano sem compras, mas as minhas fadas-madrinhas tratam sempre do assunto, sendo que assim também posso ser a cobaia de que elas necessitam e dizer de minha justiça, que é algo que as deixa mais descansadas.
Eis-me, portanto, na posse do corrector que tomou de assalto a blogosfera e o You Tube, transformando-se no queridinho de tanta gente que chegamos a pensar que a loucura pelo Radiant Creamy Concealer da Nars e, antes dele, pelo Lasting Perfection Concealer da Collection ou pelo Pro Longwear da Mac nunca chegaram a existir, tamanha é a velocidade com que os antecessores são chutados para canto: cada produto-sensação é sempre tãããão para lá de espectacular e tãããão melhor do que o anterior que temos necessidade de ir ver se todos os elogios feitos no passado ocorreram mesmo. E ocorreram, a malta é que tem o coração diminuto e não consegue elogiar tudo ao mesmo tempo porque, das duas uma, ou não tem espírito crítico e vai com a manada, ou tem de cumprir um contrato com a marca que lhes enviou os "mimos" para casa (ou então acumula, que é ainda mais grave).
De todo o modo, eu sou a maluquinha dos correctores, e faço questão de testar eu mesma uma série deles, sendo que já tive grandes desilusões com alguns dos mais benditos, adoro outros de que nunca ouvi falar e, na verdade, gosto de muitos os que são gabados (desde logo o Nars e o Collection supra citados, que tenho há muito tempo).
Partamos então para as minhas considerações sobre o Naked Skin, antes que a febre passe e venha mais um ocupar o primeiro lugar do pódio.

Em primeiro lugar, temos que a minha cor é a mais clara do ajuntamento de cores (uma meia dúzia, talvez, entre tons mais quentes e mais frios, sendo que as designações são enganadoras: o Light Neutral é estupidamente mais escuro do que o Light Warm que, por sua vez, é muito próximo do meu), a Fair Neutral - que, obviamente, fui eu quem escolheu, que nestas coisas não se brinca aos cowboys. Tenhamos em consideração, por favor, que eu só uso a maioria dos correctores nas olheiras e, se tiver de o estender a outras áreas, uso produtos específicos, como o Secret Camouflage da Laura Mercier ou o Compact Concealer da Becca, que são mais cerosos, ou o Double Wear da Estée Lauder, que é de longa duração - todos são mais propícios, quanto a mim, para tratar da saúde a vermelhidões e outras mazelas, quando elas aparecem, e por isso tenho-os exactamente no meu tom de pele. Serve o esclarecimento para dizer que, normalmente e quando estou a escolher um produto que vou usar eminentemente nas olheiras, escolho uma cor meio tom ou um tom mais clara do que o resto do rosto, porque gosto do efeito semi-iluminado (nada de kardashianices, por amor da santa, que isso é de uma pirosada nunca dantes vista, porque artifical).

Como observarão acima, a cobertura deste rapaz é ligeira a média, muito longe da pujança da do Nars Radiant Creamy Concealer (com que é frequente e disparatadamente comparado) e certamente muito menos cremoso, o que poderá agradar a donos de peles normais a oleosas (e mistas, se não tiverem aquela zona seca). A pele fica efectivamente com apecto de quase-de-pele, como constatarão pela fotografia acima, mas com um ar meio photoshopado: não sendo a cobertura extraordinária, há na verdade um efeito óptico aperfeiçoador, que é, quanto a mim, a melhor das características deste produto. Agora, isto não vai agradar a peles secas, parece-me: apesar da promessa de péptidos e de hialuronato de sódio (um derivado do ácido hialurónico), que contribuiriam para a retenção de água e para um efeito mais preenchido, aquilo que eu noto é que este é um produto que seca na pele, estando distante da cremosidade do Nars (que, quanto a mim, funciona lindamente nas olheiras como no rosto - e o meu a finar-se, caraças!) e com um acabamento mais mate (e seco) que, na minha pele, nem sequer precisa de pó para assentar (mas poucos precisam, diga-se de passagem). Na verdade os prometidos ingredientes-maravilha são mesmo dos últimos da lista, pelo que a proporção da sua presença há-de ser sempre fraquinha. Ou seja: no fundo, no fundo, até acho este rapaz mais indicado para o rosto do que para a zona periocular.
Mais: não se deixem iludir por aquilo que parece o muito pigmento da amostra de cor, lá em cima. a verdade é que, depois de espalhado (e eu costumo usar a Beauty Blender bem húmida e com uma sprayzada de qualquer coisa hidratante, que tenha glicerina, por exemplo, mas também o testei com os pincéis do costume e com os dedos), ele fica muito transparente e será de muito pouco auxílio no caso de olheiras muito pronunciadas ou vermelhidões das mais trágicas. No entanto, para as minhas necessidades, e em alturas de pele quase normal (sem securas, quero dizer), chega perfeitamente, devo dizer - e dar-nos-emos ainda melhor quando o tempo aquecer (e enquanto eu não tiver cor de gente, que espero recuperar mal o tempo aqueça verdadeiramente).

Em resumo?
Bom, creio que o Naked Skin será um corrector que agradará a todo e qualquer possuidor de olheiras pouco pronunciadas, que tenha a pele normal ou preocupações com oleosidade em excesso. A aplicação faz-se por meio de uma espécie de aplicador de gloss mas espalmado e há que ser relativamente rápidido a esbatê-lo, que isto é bicho que seca com alguma facilidade. Custa, creio, vinte e poucos euros (mas não o paguei, não tenho a certeza), a que poderão subtrair 20% em alturas de promoções que incluam as marcas exclusivas, na Sephora.

Agora, não o comparem com o Nars, não porque seja o meu corrector preferido (que não é, apesar de gostar bastante dele) porque não têm o que quer que seja em comum. Na verdade, se houve coisa que aprendi nestes anos de dedicação à blogosfera mais centrada na beleza e maquilhagem foi que a utilização do comparativo melhor é tão relativa que todos deveríamos ser obrigados a dizer quanto e o que experimentámos já, quando afirmamos que o produto "X"é "o melhor de sempre" (já nem falo daquelas que gabam ou aconselham o que nunca usaram, esquecendo-se de revelar esse pequeno pormenor) - de que espectro de correctores estamos a falar quando dizemos que o Y é o melhor dos que já usámos? 
No seguimento disto, tendo a achar que a maioria (não a totalidade!) das pessoas que fazem disto vida têm muito menos experiência do que aquela que gostariam de admitir, sendo que, embrenhados nisto, acabam por, progressivamente (porque vão ganhando poder de compra ou se tornam mais curiosos, sei lá), testar coisas de facto melhores, o que faz dessas coisas novas e melhores, frequente e naturalmente, as-melhores-se-sempre, e aconselhadas a meio mundo.
Não, pazinhos, não. O que é o melhor é, de facto, relativo - na cosmética como no resto da vida. E, nesta como naquela, não podemos ser experts em tudo, o que não tem mal algum; o estranho e o confrangedor (não constrangedor, ok? São coisas diferentes, boa?) é que queiramos passar por tal, esquecendo que a probabilidade de que, entre o público que desconhecemos, haja alguém que percebe um nadinha mais da poda, porque tem mais experiência e poder de análise, é enorme (as pessoas acham muito estranho que nunca me considere uma entendida nestas coisas de que falo e é justamente por isso: não o sou e só afirmo o que posso afirmar, nunca gostei de fazer figura de ursa).
Enfim, o Naked Skin da Urban Decay é o que é (e não é maus, só não é estupendo, para o meu tipo de pele) - já a blogosfera só pode melhorar.

Kiehl's | O Ultra Facial Cleanser

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Um cleanser é algo que raramente me entusiasma: é bom, mau ou assim-assim, consoante faça um trabalho melhor ou pior e pronto, não se fala mais nisso nem há lugar a grandes dissertações. a não ser, claro, que estejamos perante uma fórmula que me encante por algum motivo (e, quando é o caso, falo nisso). Talvez por isso, estou sempre em busca de coisas diferentes e é um dos produtos que mais tenho em stock e creio que não precisarei de adquirir neste ano sem compras - só assim de cabeça e sem levantar o rabo da cadeira para ir verificar, sei que tenho um REN, um Mizon e um Botanics, mas deve haver mais.
Ora qual não é o meu espanto quando me apaixono justamente por um produto de uma marca com que me dou pouco bem e que me tem proporcionado grandes desilusões (o Midnight Recovery Concentrate e o Creamy Eye Treatment With Avocado foram as maiores, dado o muito bem que se dizia deles): a Kiehl's tem mais fama do que proveito (para além de preços altamente inflaccionados) e, ainda assim, não desisto por dá cá aquela palha, o que só é bom porque tenho a oportunidade de não rotular marca (o que acho sempre injusto e generalizador), mas produtos.
Foi justamente por isso que decidi mandar vir, em tempos, da Space.NK, este Ultra Facial Cleanser da Kiehl's, que a marca diz ser para todos os tipos de pele e assegura ser gentil o suficiente para não secar a pele nem lhe sugar todos os óleos naturais (sendo que esse objectivo, na mente de muitas peles mistas e oleosas, devia ser proibido por lei, se querem manter o viço e a elasticidade, que são o que dá à pele um ar jovem). Não o testei logo, evidentemente, porque tendo a usar as coisas por ordem de chegada, embora abra muitas excepções, quando o entusiasmo supera a regra (e não era, de todo, o caso).
Neste momento, o rapaz estará já mais próximo do fim do que do começo, sendo que está a ser usado há cerca de dois meses, de manhã e à noite (é raro ter apenas um produto de limpeza facial a uso, mas está a acontecer) e é coisa para render muitíssimo porque, como se trata de um gel bem grosso, que deve ser usado com a pele húmida, espalha-se muito bem. Eu gosto de molhar a escovinha Shiseido que vêem na imagem, e que tem cerdas macias e pinos de silicone, que ajudam à limpeza e massajam em simultâneo - a experiência é óptima, rápida e eficaz.

E por que é que eu gosto tanto deste piqueno? Olhem, desde logo porque tem uma fórmula que estica que se farta, o que o torna coisa duradoura. Depois porque tem uma composição muito simpática, sem fragrâncias (apesar de me cheirar ligeiramente a piscina, não me perguntem por quê) ou ingredientes daqueles que só servem para mascarar um produto mauzinho e, sendo suave e deixando a pele super confortável, é capaz de remover até maquilhagem (tarefa que não lhe destino, mas de que ele é capaz), o que se deve à presença de ingredientes emolientes como o óleo de abacate (coisa para lá de boa, plena de aminoácidos. potássio e vitaminas A, D e E), óleo de caroço de alperce (riquíssimo em vitamina E e trigligerídeos) e esqualeno (mais um óleo botânico com propriedades calmantes e cicatrizantes - que tive de ir ver o que é, porque jamais tinha ouvido falar), bem como outras coisas boas.
E por que é que a pessoa precisa de coisa tão janota, se esta só está em contacto com a cara uns minutos por dia? Olhem, desde logo porque sim e, por outro lado, porque entre pagar £15/20€ por uma coisa muito boa e o mesmo ou mais por formulações miseráveis que para aí andam, eu prefiro tratar-me bem. Manias!

Laura Mercier | o Iluminador Matte Radiance Baked Powder

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Não poderia deixar de aqui fazer brilhar um produto que me surpreendeu muitíssimo, sobretudo se pensarmos que me foi oferecido num daqueles eventos-maravilha da Space.NK, há já quase um ano. Na verdade, só depois de lhe ter constatado as qualidades comecei a ouvir falar dele esparsamente (nada daqueles histerismos de que toda a gente fala só porque houve um evento em que as brits receberam todas o mesmo, benzásdeus, que nisso são tão isentas como as lusas), sobretudo em blogues e vídeos de norte-americanas.
Para ser muito clara, um produto que se chama Matte Radiance Baked Powder, na variação Highlight #01, pode até vir de uma marca como a Laura Mercier que eu vou sempre torcer o narigão: então mas é Matte ou é Highlight, minha boa gente? Não sei, pareceu-me sempre coisa muito bipolar, pelo que nem sequer rejubilei, quando o recebi. Até que o usei e deixei-me de tretas: estamos perante um dos iluminadores em pó mais bonitos que cá moram em casa (eu prefiro os líquidos ou em creme, já se sabe), não só porque não tem ponta de purpurinas indesejadas e sem sentido num iluminador facial (olá Poudre Signée da Chanel e Soft & Gentle da Mac), mas também porque a sua cor é bem mais maravilhosa do que parece na embalagem: em vez do muito dourado que me pareceu primeiramente, é um champanhe neutro lindíssimo, capaz de agradar a muito grego e muito troiano. Por outro lado, a textura do pó é quase cremosa, o que proporciona um efeito super-natural mesmo em peles secas como a minha, que tende a fugir dos pós justamente por isso: não marca linhas nem fica com ar empoeirado, muito pelo contrário.
O tamanho normal deste menino custa £25 e leva mais de 7g, o que dá para uma vida: este tem 1,8g e nem parece mexido. Se eu não tivesse muito mais bronzers do que aqueles que alguma vez conseguirei usar (mesmo porque é produto que dispenso, na maioria dos dias), olharia com seriedade para as versões mais escuras, que me parecem para lá de deslumbrantes.

O fim do C&C | Pensar (Nunca) é Tramado

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A (minha) conjugação do verbo ir. 
(E sim, sou eu, não ponho para aqui fotografias de gente à balda).



Dizer que tudo tem um princípio e um fim é o maior dos clichés e eu odeio clichés - mas também é uma verdade absoluta e, porque há poucas, permitam-me que use uma, quando posso.
A vida deste estaminé chega hoje ao seu termo, assim mesmo, sem aviso prévio nem períodos de grande reflexão: houve um dia em que soube que isto deixara de me divertir e que não me apetecia mais - e eu disse sempre que esse seria o dia em que isto terminaria. Foi no passado dia 21 de Abril: acordei sabendo que não escreveria mais (e eu confio muito nas minhas epifanias matutinas, que jamais me deixam ficar mal), para além dos posts já alinhavados e até que esses fossem publicados (bem como outros, daqueles mais espontâneos ou "necessários", que aparecessem) e até que sentisse que era hora de fechar o tasco).

É hoje, portanto: o blogue faz exactamente dois anos e sete meses e é hoje.

Foram trinta e um meses;
1.909 entradas, a contar com esta (ficaram mais setenta em rascunho, à espera de que as escrevesse);
12.591 comentários (a interacção foi sempre o melhor disto tudo e a maior das minhas vitórias), a contar com os meus, evidentemente, porque nunca deixei comentários sem resposta (e sim, o meu dia tem 24h. tenho uma profissão muito exigente e carradas de outras responsabilidades, que assumo e a que correspondo com o mesmo rigor), nem e-mails;
1.593.703 visualizações totais, até este preciso momento (curiosamente, um milhão nos primeiros 26 meses, mais de meio milhão nos cinco seguintes - a coisa estava a evoluir extraordinariamente);
Mais de 5.000 mil visualizações/dia, consistentemente, no último mês e meio; às vezes seis mil e tal, c'um escafandro (há quem tenha milhares de likes no Facebook e muito menos de mil visualizações diárias; já eu sempre fui uma coisa estranha, comigo funciona sempre tudo ao contrário);
E carradas de prazer - que se findou, definitivamente, naquele dia 21.

Também não gosto de despedidas, pelo que deixo apenas um obrigada:
A todos os que perceberam e nunca amuaram,
Aos que aceitaram que aqui interessava pouco quem eu sou, o que faço ou onde vivo e qual é o meu estado civil, ou sequer a minha fisionomia (mesmo porque sobre algumas destas coisas até fui falando, só porque sim),
Aos que chegaram há pouco - e hoje chegaram tantos, graças à fantástica Giullia (desculpem, mas tenho mesmo de ir), cujo blogue sobre receitas saudáveis é, cada vez mais, um êxito mais do que merecido,
Aos que sempre estiveram (alguns, poucos, ficarão mesmo).
Aos poucos (mas muito bons) parceiros que tive (Face Colours, Kitchen Make Up, Essentials e La Palomera Farma, soindes os maiores!).

Isto foi mesmo muito giro enquanto durou. Ou a maior parte do tempo foi giro, vá - depois já não.
Fiz o que queria ter feito num determinado sector da blogosfera, fui campeã de unlikes no Facebook, escrevi sobre o que me apeteceu, disse mal e bem de quem quis e, sobretudo, provei aquilo que era apenas uma opinião: sim, é possível ter visualizações mensais superiores a malta que se tem como genial, sem deixar cair princípios nem andar de braço dado com quem acha que domina esta cena toda.
O segredo (nisto como em tudo na vida) está no empenho, na dedicação e na seriedade com que se fazem as coisas, sem perder o humor ou a personalidade (esse deve ser um fim em si mesmo; as contrapartidas, a virem, são um efeito não necessário) - pelo menos se o nosso público-alvo é gente com neurónios, já se sabe.
Claro que também criei inimizades e odiozinhos de estimação (não correspondidos, note-se) e irritei meio mundo, mesmo os que julgavam inicialmente que eu era o máximo e depois deram por eles a achar-me uma sobranceira esquisitóide e a sentir-se atacados por isto ou por aquilo (a malta é serena mesmo quando lhes violam direitos liberdades e garantias e exala um suspiro consternado mas conformado quando vê gente (ou bichos) ser morta, torturada, violada, estripada e o diabo; já haver uma blogger assim ou assado, que não alinha em grupinhos, é coisa para se formarem piquetes de indignação ou dar lugar silêncios ostracizantes) - mas o que seria da vida (e dos meus estudos de caso) sem coisas destas para a salgar?!

Beijinhos e olhem, vemo-nos por aí, que este mundo é uma ervilha.
O C&C entrará em hibernação dentro de duas semanas (só para  dar tempo a que esta entrada seja lida pelo maior número possível de pessoas, porque jamais deixaria de publicar duas vezes ao dia sem dar uma justificação a quem me fez companhia durante este tempo todo), bem como a página de Facebook - onde poderei ir publicando uma ou outra coisa, neste período de transição, como produtos acabados, ou coisas que ache pertinentes (sem compromisso). Não os apago porque não sei se um dia não quererei voltar (raras vezes digo nunca, embora nunca tenha voltado a lugares onde já fui feliz, em busca da mesma felicidade), mesmo porque há aqui muitos registos que me interessam, mas num futuro próximo (ou definitivo, não sei) manter-se-á, privadinho, só para mim.
Evidentemente, continuarei a responder a comentários quer no blogue quer na página, até que ambos desapareçam (o que tenho marcado para acontecer no dia 25 deste mês - e assim será, salvo qualquer imponderável.
Inté, sim? (Gostei mesmo muito deste bocadinho de vida que passei convoco.)